Teixeira de Freitas: Na noite deste domingo, 22 de novembro, por volta das 21h20, policiais militares foram acionados para atender a uma ocorrência de agressão física. A agressão foi praticada por um médico do Hospital Municipal contra uma técnica de enfermagem. O fato aconteceu no interior da unidade, mais precisamente na Sala de Conforto Médico. Os militares conduziram e apresentaram o médico anestesista, Wallace Brito de Souza, na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas.
O médico foi apresentado ao delegado plantonista, Manoel Andretta, sob a acusação de ter agredido a colega de trabalho [técnica de enfermagem], com vários empurrões, inclusive arremessando-a ao solo bruscamente. A técnica se apresentou para depoimento, alegando fortes dores pelo corpo, em especial na região das costas, fruto da respectiva e injusta agressão, que aconteceu em meio ao cumprimento da jornada de trabalho da servidora, e foi presenciado por todos os presentes, inclusive por pacientes do HMTF.
O médico, de 41 anos de idade, é morador da Avenida das Américas, no Bairro Dinah Borges, em Eunápolis. A técnica de enfermagem, de 25 anos de idade, alega que estava em horário de trabalho, quando começou sentir dores na coluna. Então, ela se dirigiu até o Conforto Médico para pedir ajuda a um clínico geral, que pudesse lhe examinar e medicar, para que ela retornasse ao trabalho. Chegando ao local, estava o agressor, que começou a questioná-la sobre o porquê de ela estar na sala dos médicos.
“Ele começou a me humilhar, dizendo que ali não era lugar para mim, e que eu deveria sair logo da sala, pois estava lhe incomodando e que a sala é para os médicos e não para técnico de enfermagem. Eu disse que não sairia, pois, precisava de atendimento. Foi quando ele me pegou pelo braço, começou a me empurrar e me arremessou ao chão, porta a fora, e eu cair no corredor, na frente de todo mundo. Um servidor que faz a segurança do hospital veio ao meu encontro e me levantou”, disse a técnica, em prantos.
Ainda segundo a técnica, é procedimento normal quando os funcionários sentem mal, eles se dirigem até o Conforto Médico para pedir ajuda e serem medicados, pois sempre tem alguns médicos de plantão, que podem fazer esse atendimento, sem comprometer o atendimento aos outros pacientes. “Nunca me senti tão humilhada em minha vida. Eu trabalhando, passei mal e fui colocada para fora e agredida por um colega de trabalho. E não foi a primeira vez que ele fez isso, só que da outra vez eu sai sem questionar”, disse.
O delegado ouviu o médico e a vítima da agressão e lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência em desfavor do médico, que chegou as vias de fato com a técnica após uma discussão. O medico foi liberado e o procedimento será encaminhado ao Ministério Público, onde o anestesista deverá pagar uma pena alternativa [ou multa ou serviço prestado à comunidade]. Procurado por nossa equipe, o médico não quis gravar entrevista.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews