Por volta das 14 horas, as testemunhas começaram a ser ouvidas, dentre elas, as que estavam dentro do veículo que vitimou o casal e proprietários de bares freqüentados por Leonardo e o grupo no dia anterior ao acontecido.
Na hora do acidente, Leonardo estava acompanhado por três colegas, os quais confirmaram em seus depoimentos que no dia anterior ao acidente, 27 de janeiro, várias bebidas foram consumidas pelo grupo em alguns estabelecimentos da cidade, como bares e motel, tais como cerveja, Smirnoff Ice e uma bebida conhecida por “cocana” (cachaça curtida no coco).
Segundo as testemunhas, por volta das 4 horas da manhã do dia 28, o grupo se encontrou, próximo ao Rondelli Center, com outro colega, que dirigia um segundo veículo, o qual teria feito um “racha” com o acusado. Devido à alta velocidade, Leonardo teria perdido o controle do seu veículo ao passar por um quebra-molas, se surpreendendo com o carro das vítimas, que estava parado.
Quando interrogado, Leonardo afirmou que, embora o impacto, não percebera de imediato que houvera vítimas no acidente, e que, ao ser alertado pelos outros ocupantes do veículo, ficou “apavorado e com medo de ser preso”, e não prestou socorro às vítimas – que faleceram por anemia aguda. Leonardo já responde a outro processo, por homicídio culposo, em virtude de atropelamento com o seu carro.
Familiares e amigos acompanharam a audiência. Abalada, a mãe do acusado, Elza Rodrigues de Sá, bem como as testemunhas de defesa, ressaltou sua boa índole e bom comportamento. “Cadeia é lugar de bandido, e meu filho não é bandido”, falou.
Leonardo de Souza Sá afirmou que a única coisa que teria para dizer é pedir perdão à família das vítimas: “Foi uma fatalidade, eu não queria fazer aquilo, eu só tenho que pedir perdão, que pedir perdão”, disse.
O acusado deverá ser levado a tribunal de júri em cerca de 60 dias, caso a defesa não entre com recurso.
Por: Raíssa Félix