Uma testemunha do processo que analisa supostas irregularidades na campanha do deputado federal Uldurico Jr (PV), foi conduzida da sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), na noite desta quinta-feira (12) por uma equipe da Polícia Militar para prestar esclarecimentos à Polícia Federal. De acordo com o vereador Joceval Rodrigues (PPS), a condução foi realizada pelo juiz Oseias Costa de Sousa, após o radialista Franedi Góis ter mentido em juízo. “A audiência do TRE acontece com juiz e a promotora, eles tentaram, ela foi bastante clara com ele, de que ele estava mentindo, que podia ser preso. Ele negou tudo que as testemunhas tinham dito, inclusive testemunhas do próprio Uldurico”, relatou Joceval.
Os advogados do edil também pediram a condução de Franedi, mas o juiz já havia acionado a PM. A sessão durou das 14h às 22h. A audiência seria a última de oitiva de testemunhas, mas a defesa de Uldurico apresentou um atestado médico para outra testemunha e fez um requerimento ao juiz-corregedor Fábio Alexander Rocha, que é responsável pela ação para que uma nova audiência fosse realizada no próximo dia 30.
O magistrado ainda se pronunciará sobre o caso, e após o último depoimento, caso seja aceito, a ação segue para considerações finais das partes e depois para ser julgado pelo pleno. Entre as irregularidades na campanha, Joceval cita o uso da rádio Caraípe FM, de Teixeira de Freitas, pertencente à família do parlamentar, para angariar votos por meio de doações de colchões, cestas básicas e outros bens. O vereador cita que é a segunda vez em que uma testemunha do deputado é presa por mentir em juízo.
“Quero aqui deixar bem claro, que tanto no episódio de Eunápolis, era a segunda ou a terceira audiência, a testemunha afirmou que nunca tinha trabalhado da campanha de Uldurico e nossa assessoria jurídica conseguiram detectar pelas redes sociais e jornais que ele era um dos marqueteiros. Na ocasião, Uldurico afirmou que a testemunha foi presa antes da audiência.
Fonte: Bahianoticias