Teixeira: Nesta terça-feira(14), iria acontecer o Júri de Ismael de Jesus Morais, assassino confesso da adolescente Cassiane Lima, na época com 15 anos de idade. Mas, por perdido da defesa do acusado, o júri foi adiado, o que causou revolta não apenas nos familiares, mas em toda a sociedade. Com isso, foi realizada uma caminhada em forma de protesto pelas ruas da cidade, saindo em frente do CETEPES às 9h30, e finalizando em frente à Defensoria Pública na Rua Águas Claras. Na concentração, diretor da Escola Igualdade e Justiça, representante do CETEPES, professores e amigos usaram o microfone e explanaram suas reivindicações, eles ainda, contaram com o apoio do CRAM e do CREAS.
A defesa de Ismael alegou falta de segurança para seu cliente, portanto, o defensor público, Hemerson Halsey Soarespediu o desaforamento, ou seja, mudar o foro onde se consumou o crime. Este é um dos julgamentos mais esperados da história recente da cidade. “Fomos pegos de surpresa, afinal já se passaram 550 dias do crime, e até o momento o julgamento ainda não ocorreu, achamos que tudo está acontecendo não passa de manobras para tentar tirar da comarca da cidade e conseguirem pena branda, com isso, estão fazendo com que essa sensação de impunidade só aumente ainda mais.
O criminoso tem que ser julgado, por isso viemos as ruas pedindo apenas justiça de forma ágil e eficiente. Afinal o crime ocorreu aqui, não justifica o julgamento ser em outra cidade”. Indignado fala o diretor da Escola Igualdade Justiça, Neander Pinheiro Cabral.
De acordo o coordenador do Creas Cassiane Lima,Rosécio Alves Santana, a manifestação que aconteceu de forma pacífica. “Na verdade essa é uma manifestação de repúdio pela decisão do defensor público. E não estamos aqui pedindo a morte, do acusado, apenas justiça e que o acusado seja julgado na comarca de Teixeira de Freitas, para que tenha punição na forma da lei para um assassino frio, que além de matar, violentar e enterrar a adolescente seguiu para o seu trabalho onde agiu como se nada tivesse acontecido, demostrando frieza”. Acrescenta.
Nossa equipe tentou falar com o Defensor Público, Hemerson Halsey Soares, mas fomos informados que ele se encontrava viajando, e nenhum outro defensor tem autorização para falar sobre o caso. Várias faixas e cartazes pediam Justiça, e lembravam que hoje completa 550 dias da morte da jovem. Até o fechamento desta reportagem não foi marcado uma nova data do júri.
Por: Mirian Ferreira/Rafael Vedra/Liberdadenews