Prado: Na tarde desta quarta-feira (09), o delegado Júlio Telles, titular do Prado, cumpriu o mandado de prisão contra os pais do bebê de 09 meses, que morreu ao cair do veículo em movimento. Após fazer perícia na caminhonete Hilux, ouvir todos os envolvidos no caso, o delegado pediu a prisão temporária de Jorge Mendes Carneiro Junior, 41 anos de idade e Erisângela Santos Silva, 38 anos de idade.
O caso aconteceu no domingo, dia 30 de outubro, onde foi registrado pelo delegado do Plantão Regional, William Telles. O bebê, Pedro Silva Carneiro, chegou dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Prado, na noite de sábado, 29 de outubro, já sem os sinais vitais. Diante dos fatos, a prisão temporária foi solicitada pelo delegado, e foi decretada pelo juiz Leonardo Coelho, titular da comarca do Prado.
Nossa equipe conversou com o delegado Julio Telles, o qual disse que existem muitos desencontros nas falas dos pais, e, diante da perícia do veículo, não teria como os pais não verem a porta aberta. “Além dos desencontros, também existe os resultados da perícia, e a polícia de São Félix do Coribe, de onde eles moram entraram em contato comigo, e informaram que há poucos meses a esposa registrou uma ocorrência contra o marido, onde ela teria sido machucada por ele, e que nesta briga o pai teria arremessado a criança contra a mãe”, disse o delegado.
Nossa equipe conversou com exclusividade com a mãe Erisângela, e ela disse que eles moram em São Félix do Coribe e estavam a passeio na região e que tudo não passou de um acidente. “O acidente aconteceu sábado (29), em uma estrada de barro na cidade de Prado, quando estávamos a caminho de Itamaraju, onde vivem meus parentes. Quando percebi, meu filho tinha aberto o cinto, que ele estava na cadeirinha e abriu a porta. Eu cheguei a segurar a cadeirinha, mas, ele já não estava mais. Meu marido ficou em choque, e eu ainda fiz respiração boca boca e o levei para UPA”, tentou explicar.
Quando perguntada sobre a relação do casal, ela disse que há certo tempo ela descobriu que estava sendo traída e o casal teve uma briga. “Cheguei a registrar ocorrência, mas, qual o casal que não briga? Fora este caso, sempre vivemos bem, não sei por que estão nos acusando. Deus é fiel, sofri com a perda do meu filho e agora tudo isso. Nem sei mais o que falar”, completou.
O Delegado ainda destacou que a prisão é temporária (30 dias), já que precisam continuar as investigações, onde irão fazer a realização da reprodução simulada o mais breve possível, para provar as contradições. O casal ficará na carceragem da delegacia à disposição das investigações. “Nosso objetivo é elucidar o crime, afinal só tinham os dois naquele local, uma certeza eu tenho, existem inverdades e vamos descobrir a verdade”, finalizou.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews
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