Teixeira de Freitas: Nesta terça-feira, 31 de janeiro, o Cabo da Polícia Militar, Eronaldo de Oliveira Moura Filho, se apresentou na sede da 8ª COORPIN, juntamente com o seu advogado. O Cabo é o principal acusado de ter sido o autor de um roubo, ocorrido na tarde do último sábado (28), em uma propriedade rural, próximo a estrada de "Maria Mil Reis", onde uma dupla armada e agindo com violência, rendeu o proprietário, sua esposa e seu filho, tendo ainda outro filho do casal corrido e se escondido em meio aos matos, por medo dos ladrões.
Durante a ação criminosa, os bandidos ofendiam e ameaçavam as vítimas, de morte, e de estupro, o que causou ainda mais pânico na família. Os criminosos notaram a aproximação de alguém e fugiram do local, deixando o carro e um par de tênis. A Polícia Militar foi acionada e uma guarnição da 87ª CIPM esteve no local, onde registrou o caso, e descobriu que, na ação, foram levados a quantia de R$ 200,00 (duzentos reais) em espécie e 01 aparelho celular.
As vítimas relataram aos militares que de forma covarde, os criminosos ameaçavam o tempo todo executar a família, e um dos criminosos dizia que iria estuprar a mulher, caso não lhe dessem o que pedia. Nossa equipe esteve na sede da 8ª COORPIN, onde entrevistamos a delegada coordenadora, Valéria Chaves, a qual falou sobre a apresentação do Cabo. Segundo a coordenadora, o Cabo relatou que estava sob o efeito de drogas, e disse em depoimento que estaria consumindo drogas desde a quinta-feira.
"Ele disse em depoimento que estava sob o efeito de drogas (cocaína e crack), e que não se recorda da ação criminosa. Lembra apenas de ter chegado em casa sujo de barro". Ainda segundo a coordenadora, o Cabo não passou detalhes e disse não saber quem era o seu comparsa. O carro do militar, um Fiat/Uno, de cor branca, foi encontrado próximo à propriedade, e dentro do mesmo estava a carteira funcional do militar, bem como uma boina da PMBA e um cinto, materiais que foram apreendidos e apresentados ao delegado Bruno Ferrari, na sede da 8ª COORPIN.
Segundo a delegada Valéria, o militar foi ouvido e apresentado à Corregedoria da PM, e foi instaurado um inquérito por portaria para investigar o caso. O PM foi reconhecido pelas vítimas, bem como a arma usada na ação. Ao finalizar os procedimentos, a Polícia Civil deverá encaminhar o caso para a Justiça, que poderá pedir a prisão do Cabo. A Corregedoria da PM irá apurar o caso e deverá apresentar o PM em Salvador.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews