Um suposto esquema criminoso, no qual, os acusados estariam utilizando beneficiários da Previdência Social e tomando empréstimos consignados de forma irregular, está sendo investigado pelo delegado da Polícia Civil de Guaratiga, Antônio Alberto de Melo. Nesta quarta-feira (30), o delegado comandou uma operação policial que apreendeu documentos e um computador na casa de Nelci Ferreira Santos, 56 anos, buscando provas que possam incriminá-la, bem como aos seus filhos, Rômulo e Holga Ferreira Santos, além do seu genro Lindon Jhonson. A busca e apreensão foi autorizada pelo juiz titular da Comarca de Guaratinga, Tibério Coelho Magalhães. O grupo é acusado de tomar empréstimos consignados em nome de beneficiários da Previdência. De acordo com a aposentada Felismina Alves Souza, de 69 anos, Nelci teria feito um empréstimo no valor de R$ 1,6 mil em seu nome, com a sua autorização, lhe entregando apenas a metade do valor e, depois de quitar a dívida, teria feito dois outros empréstimos, também em seu nome, sem a sua autorização, tendo ficado com todo o dinheiro. Segundo o delegado Antônio Alberto de Melo, há várias ocorrências registradas, que acusam Nelci, seus filhos e o genro de praticarem esses supostos crimes. “Em razão dessas ocorrências, solicitamos ao juiz um mandado de busca e apreensão que foi emitido e assim apreendemos todo esse material, para a apuração dos fatos denunciados. Pretendemos pedir também a quebra do sigilo bancário, mas por enquanto não temos como acusar nem prender ninguém”, explicou.
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Informações prestadas à reportagem por supostas vítimas e parentes dão conta de que o número de pessoas que se apresentam com tendo sido lesadas pode chegar a uma centena. De acordo com essas mesmas fontes, os empréstimos teriam sido feitos em diversos bancos, e os saques sempre em outras cidades. A Polícia Civil não conseguiu cumprir ainda o mandado de busca e apreensão expedido contra Lindon Jhonson, em razão dele não residir em Guaratinga, mas sim em Teixeira de Freitas, e a polícia não conseguiu localizar o seu endereço. Na Delegacia da Polícia Civil de Guaratinga (DEPOL), Nelci e o filho Rômulo não quiseram falar sobre as acusações.
com informações de Estevão Silva |