A previsão é de que em 48 horas mais 500 sejam incorporados ao grupo. Além disso, Maurício Barbosa informou que a presidente Dilma Rousseff está bastante preocupada com a situação e também vai enviar soldados do Exército para conter a onda de violência.
Para bom entendedor, meia palavra basta. Questionado se os policiais que estão fazendo a paralisação receberão punições, Barbosa deixou o seu “recado” velado aos manifestantes. “A paralisação não é legítima. Uma só associação, a Aspra (Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e Seus Familiares do Estado da Bahia) não pode ir contra a democracia. Quem pensa em conseguir ascensão dentro da PM não pode ter esse tipo de comportamento”, ameaçou.
O secretário de Segurança Pública, inclusive, afirmou que vai fazer o que for preciso para retirar os profissionais paralisados da Assembléia Legislativa. “Faremos tudo o que for preciso para garantir a ordem e fazer imperar a sensação de segurança novamente.”, afirmou Barbosa.
De acordo com a estimativa da SSP, 1/3 dos policiais militares estão paralisados. “Acreditamos que os manifestantes são algo em torno de 10 mil policiais militares. Mas, os verdadeiros PMs que têm comprometimento por Salvador, estão trabalhando. Estivemos sempre abertos aos diálogo. Eles não quiseram negociar e não vamos negociar com eles. Isso é coerção”, prometeu.
O comandante geral da Polícia Militar da Bahia, Alfredo Braga, também não poupou críticas aos manifestantes. “Eles não têm respeito pela população de Salvador. Essa associação (Aspra) sempre foi radical e sempre fez essas coisas. Não vamos ceder”, declarou.
Para negociar melhorias para os policiais militares, o Secretário de Segurança Pública vai se reunir amanhã, às 14h, com as associações que não entraram em greve.
Foto: Gilberto Jr/Bocão News