Teixeira de Freitas: A reportagem do Liberdade News foi mais uma vez procurada pela família “Messa”, na tarde da última sexta-feira, 02 de outubro. Deivid Ramos Messa, 38 anos, e o seu advogado, Rogério Ferraz, pede mais uma vez uma oportunidade para trabalhar, e provar a sua inocência junto à justiça. Deivid é acusado de participação em um crime de homicídio, que aconteceu no dia 07 de novembro de 2017. Deivid se apresentou espontaneamente em Barra do Choça no dia 01 de novembro de 2018.
Deivid Ramos Messa, 38 anos, motorista profissional, disse em entrevista, que trabalhava para o empresário Roberto Brito, e na época desse episódio, ele fez uma viagem para buscar umas peças na cidade de Eunápolis, com o veículo suspeito. "Aí, me abordaram 18 dias depois com o carro do suposto assassinato, e me acusaram de um homicídio que não fui eu. Não devo, estou pagando há 02 (dois) anos por um crime que não cometi", explicou.
Ainda segundo o Deivid, não há nenhuma prova contra ele. "Eles falam em fotos e filmagens de radares, e essas filmagens nunca apareceram. Há fotos ilegíveis, e é por essas fotos que estão me acusando. Eu sou trabalhador, preciso trabalhar. Sempre trabalhei aqui em Teixeira e em todas as regiões. Sou muito bem conhecido como motorista, e a juíza está demorando muito na solução desse caso. Eu preciso urgentemente que esse caso tenha uma solução".
E continuou: "O meu advogado já fez o pedido das provas materiais. As filmagens, as fotos que eles dizem que estão legíveis. Que eles provem que eu estava lá nesse local. Não tenho nada a ver com esse crime. Após 18 dias que me pegaram com o carro, ainda insistem em dizer que é a minha pessoa que está dentro do carro, no banco da frente, do lado do carona. Eu nunca estive em Vitoria da Conquista, nem tampouco em Barra do Choça".
"Na verdade, eu nunca sabia que existia aquela cidade na região. Nunca trabalhei em Vitória da Conquista. Eu estava trabalhando no estado do Belém, para o empresário Roberto Brito, e quando recebi uma informação de um mandado de prisão, liguei para o oficial de justiça, e disse que naquele momento não poderia me apresentar, pois tinha um contrato de trabalho, e não podia faltar. Cumpri o contrato, e me desloquei do Belém para a cidade de Vitória da Conquista, e fui direto para Barra do Choça, e me apresentei espontaneamente, para ver se a justiça iria resolver essa situação".
"Fiquei dois anos preso, perdi dois anos de minha vida. Eu estava esperando que a Justiça fosse feita. Eu não devo, preciso provar minha inocência, preciso trabalhar, tenho filhos menores e preciso alimentá-los, preciso ajudar meus pais. Já consegui emprego de carteira assinada, e mandei para a juíza do caso, para ver se teria uma liberação, mas, nada resolvido. São várias empresas que estão me chamando para trabalhar, e apelo para a justiça. Só dependo de uma oportunidade para trabalhar e sustentar meus filhos e minha família".
O advogado Rogério Ferraz falou que já esteve no Conjunto Penal de Vitória da Conquista (CPVC), onde fez todas as defesas. "Fizemos a instrução dele, a audiência de instrução foi muito bem instruída, e não restou nenhum elemento que demonstrasse a autoria do Deivid. Segundo o que reza a nossa constituição, todos nós somos presumidamente inocentes. Na instrução de Deivid, foi demonstrado que ele não teve participação", explicou o advogado.
"A delegada do processo mostrou algumas fotos, e essas fotos não estavam legíveis, para reconhecer quem era, se era Deivid ou se era os demais co-réus do processo. Então, nós questionamos como defesa, que deveria ser apresentadas as originais, que aquelas fotos não teriam condições de imputar a Deivid um crime tão bárbaro como esse. Fizemos todos os pedidos necessários junto à justiça, e consegui a liberdade de Deivid, só que, não foi da maneira que gostaríamos, não foi da maneira que trata da dignidade da pessoa humana".
"Deivid veio para casa, mas, ele continua preso. Na verdade, Deivide se encontra com uma tornozeleira eletrônica, e ele está preso dentro de sua casa sem poder trabalhar e manter a sua família, para dar o sustento de seus filhos, e para ajudar os seus pais, um casal de idosos. O nosso apelo hoje para o Judiciário, na pessoa da Drª Lázara, é que aprecie o nosso pedido. Está protocolado o pedido, está lá instruída uma proposta de emprego, com carteira registrada naquela comarca, onde está localizada a empresa. O pedido da defesa é que devolva a dignidade do Deivid. A dignidade da pessoa humana está esculpida no pilar central da nossa Constituição Federal".
"A Constituição é muito clara quando diz da dignidade da pessoa humana, pois ele perdeu essa dignidade. Foi ofendida a sua dignidade, por uma decisão que extrapolou a decisão de manter o Deivid, e agora, conseguimos tirá-lo do presídio, mas, ele continua preso dentro de sua casa. Então, hoje a defesa conta e acredita na Justiça. Acredito que a Dra. Lázara vai apreciar o pedido, para que Deivid possa trabalhar. Deivid não é bandido, Deivid não teve participação neste crime em que lhe foi imputado a morte do pecuarista. Nós, como operadores do direito, acreditamos na Justiça, acreditamos no poder Judiciário, acreditamos que a Juíza, Dra. Lázara. Ela vai trazer de volta aquilo que foi tirado do Deivid, que é a sua dignidade, a sua liberdade, a sua moral", finalizou o advogado.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews