Teixeira de Freitas: A equipe de reportagem do Liberdade News levantou informações sobre a Audiência de Custódia, ocorrida nesta terça-feira, 08 de dezembro, onde o empresário Gilson Neres de Souza esteve presente, na presença de seu advogado, Bel. Paulo Andrade, que tentou o relaxamento da prisão do empresário, acusado de tráfico de drogas, após a apreensão de mais de 100 kg de drogas, ocorrida no último dia 03 de dezembro, no galpão da empresa do Gilson, a Nação Turismo, no Centro de Teixeira.
A prisão foi realizada pela CAEMA, que recebeu uma denúncia anônima que na referida transportadora havia chegado uma carga de drogas, vinda de São Paulo. Militares da CAEMA abordaram o Gilson e um motorista de taxi clandestino, vindo da cidade de Eunápolis, o qual iria buscar as caixas contendo a droga. Cristiano Santana Sena (o loteiro), disse em seu depoimento que foi procurado por um homem, o qual o contratou para buscar essas caixas em Teixeira de Freitas, e que receberia R$ 700,00 pelo serviço.
O Gilson, em seu depoimento, disse que tem baixa escolaridade, motivo que delegada as funções de controle de entrada e saída de mercadorias transportadas aos seus funcionários, e que não sabia sobre o conteúdo do material apreendido. O fato é que a CAEMA apreendeu os mais de 100 kg de drogas distribuídos em caixas fechadas dentro do galpão da transportadora do Gilson. Questionado sobre quem teria encomendado o transporte desta carga de São Paulo para Teixeira, o Gilson disse não saber.
O Gilson alega que a sua empresa é desorganizada, e que ele trabalha há mais de uma década assim, e que sempre transportou cargas para clientes, muitas vezes desconhecidos, e que nunca verificou o conteúdo da carga. Dezenas de empresários, parceiros e amigos de Gilson saíram em sua defesa nas redes sociais. Fizeram campanhas, inclusive uma manifestação pública pelas ruas da cidade, que terminou na porta do Fórum de Teixeira de Freitas, pedindo Justiça, pedindo o relaxamento da prisão do Gilson.
Os manifestantes atestam a honestidade de Gilson, por trabalhar há anos com ele, e por nunca ter ouvido nada que manche a sua honra. Mas, o juiz titular da Comarca Criminal de Teixeira de Freitas, Dr. Rodrigo Quadros, não viu ilegalidade na prisão do Gilson e do loteiro. E determinou a prisão preventiva dos dois. O juiz transformou a prisão em flagrante, em preventiva, que é aquela prisão que não tem prazo de vencimento. Ou seja, o empresário deverá ser recambiado para o Conjunto Penal, onde ficará à disposição da Justiça.
Nossa equipe de reportagem conversou com o advogado Paulo Andrade, o qual informou que pediu ao delegado do caso, Ricardo Amaral, que analisasse as câmeras de vídeo do saguão do hotel em São Paulo, onde foram deixadas as caixas que continham a droga, para saber de que forma foram parar no ônibus do Gilson. Ainda segundo o advogado, essas imagens devem chegar amanhã, o que pode ajudar a comprovar a inocência do Gilson.
“A defesa entende que Gilson não deveria aguardar preso para provar sua inocência. Diante do seu histórico de vida, que com 51 anos jamais se envolveu sequer em delito de trânsito, com um abaixo assinado com mais de 300 assinaturas de membros da sociedade Teixeirense, dos quais fizeram mais de 50 vídeos atestando a idoneidade do investigado, merecia ao menos a liberdade provisória”, explicou o advogado.
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