Teixeira de Freitas: Compareceu na manhã desta segunda-feira, 18 de janeiro na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, a mulher que denunciou o ex-companheiro por ameaça, agressão e estupro, fato ocorrido na tarde da última quinta-feira, 14 de janeiro, por volta das 16h00, no Lote Tabajara, Setor Sul Bahia. O agressor foi identificado como Edivan Santos de Queiroz, de 43 anos. Segundo a vítima, eles estão separados há cerca de 02 (dois) meses.

A vítima falou com a Reportagem do Liberdade News, com exclusividade, e explicou o que aconteceu. Ela reforça a tese de que existem várias contradições no depoimento do Edivan Santos, entre elas, que ele teria dado uma casa para ela. "Eu trabalhei muito, ralei por demais para construir aquela casa. O imóvel nunca foi dele. Falei para ele que após o falecimento do meu filho, não daria para a gente viver junto. Consegui uma pessoa para trabalhar comigo, ele reprovou, e disse que não queria".

Ela disse ainda que por conta dessas e outras desavenças, ele ficou chateado, e raivoso, e chegou a apanhar os seus pertences, e sair de sua residência. Antes disso, ela alega que teria saído para a igreja, e quando voltou, notou algo estranho, descobrindo que o Edivan teria colocado veneno tipo Randap na comida para lhe envenenar. Foi quando ela falou para ele que não daria mais. "Não quero mais você, foi quando ele se retirou da casa", explicou a vítima.

"Com isso  eu arranjei outra pessoa, ele passou a me perseguir. Chegou em minha casa, já depois da separação, e se apossou de alguns valores que estavam guardados dentro de minha bolsa. Quando liguei para ele, o Edivan disse ainda que teria vendido os meus porcos por R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), e que era para eu ir buscar o dinheiro, por volta das 16h30", acrescentou.

Ainda segundo a vítima, ele a chamou para ir buscar um corante, e mesmo seu coração dizendo para não ir, ela acabou indo para a emboscada. Foi quando ele se apossou de 02 (facas) e 01 (facão) que estavam escondidos no mato, dentro de um saco, colocou debaixo do braço, e seguiu. "Quando chegou em uma baixada, eu comecei a desconfiar da armadilha e ao perceber que ele ia tirar algo de dentro do saco, eu saí correndo. Ele pegou no meu cabelo e saiu puxando pelo matagal", relatou.

"Ele amarrou meus pês, minhas mãos, e boca, ele estava com uma faca muito amolada e me cortou no braço e na perna. Fui agredida e ameaçada. Eu consegui soltar o pano da boca e fui conversando com ele, acalmando. A relação sexual aconteceu porque eu não tive outra alternativa. Eu disse a ele que íamos voltar. E acabou acontecendo. Era tudo ou nada. Se não, ele ia me matar. Prometi voltar para ele, foi quando fui desamarrada e fui para a casa de minha mãe, e relatei o fato".

Por fim, a vítima relata que contou tudo que aconteceu aos seus familiares, e eles a levaram para a Delegacia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas, onde o inquérito foi remetido para DEAM.

"Morei muito tempo com ele. É uma pessoa do trabalho, mas hoje não tem mais como prosseguir com esse relacionamento. Agora tenho meus traumas, tenho minha dúvidas, se quando ele sair da prisão ele não vai mais me procurar. Sinceramente, estou muito confusa em relação a tudo que aconteceu. Cheguei aqui nesta manhã desta segunda-feira (18) para retirar a queixa, mas, estou indecisa e confusa", finalizou.

Por: Lenio Cdreira/Liberdadenews

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