Teixeira de Freitas: O advogado Rodrigo Márcio do Carmo Silva, que defende o autor do roubo seguido de morte da enfermeira Priscila Cardoso, 35 anos, deu uma entrevista na rádio local, em Ipatinga e reforçando a tese do autor, de que ele e a Priscila tinham um relacionamento amoroso, e que a morte da enfermeira foi acidental. O advogado refuta a acusação de latrocínio, dizendo que em momento algum o Reginaldo teve a intenção de matar e roubar a enfermeira, uma vez que eles tinham um relacionamento há aproximadamente 03 meses, e que ao contar para a Priscila a sua vida pregressa, ela resolveu terminar o relacionamento. O advogado contesta a informação de que o Reginaldo já teria sido preso 22 vezes.
O Reginaldo Ferreira de Souza, o Pau Veio, de 49 anos, foi preso no último sábado, em Guarapari/ES e recambiado para a cidade de Santana do Paraíso, local onde a enfermeira trabalhava e foi sequestrada por ele. Segundo o advogado do Reginaldo, eles se conheceram em um bar, no Cidade Nova, perto do local de trabalho de Priscila, e começaram a ficar juntos. Quando o relacionamento entre os dois começou a ficar sério e ele decidiu relatar quem ele era e o seu passado. Em entrevista à reportagem local, o Reginaldo também falou a mesma coisa, mas, errou o nome da enfermeira, o que levantou ainda mais dúvidas sobre essa tese.
“Na segunda-feira Reginaldo contou que foi ao encontro da vítima depois do trabalho e os dois conversaram por algum tempo ao lado do carro dela, um Chevrolet Onix branco. Dalí, decidiram sair juntos e foram em direção a Ipaba. No caminho, ela reafirmou que o relacionamento entre os dois não poderia ir adiante. Na estrada vicinal, no meio da plantação de eucalipto, Reginaldo que sempre andava armado, admite que apontou a arma para Priscila e ela perguntou se ele teria coragem de matá-la. Alega o homem que respondeu que sim, se fosse para os dois se separarem e ela ir ficar com outro homem. Ela tentou segurar a arma e, nas palavras dele, houve o disparo acidental que a levou a óbito”, defendeu o advogado.
O advogado também refutou a acusação de violência sexual. “De forma alguma houve violência sexual. Além disso, eles já tinham uma vida afetiva. Então, o que era tratado como latrocínio estamos pedindo que seja considerado um homicídio, isso com base na versão dele, apresentada na Delegacia de Polícia”. O advogado Rodrigo Marcio atua no caso, em parceria com o advogado Gersi Júnior, do Escritório Elizeu Brasil. Ainda segundo o advogado, quando percebeu que Priscila havia morrido com o disparo, Reginaldo alega que arrastou o corpo para o meio do mato, entrou no carro, foi em sua casa no bairro Bethânia, tomou banho e foi para Teixeira de Freitas, na casa do filho dele.
O Reginaldo sustenta a tese de que o carro apresentou problema, e que levou ao mecânico para consertar, e que não tinha em momento algum a intenção de vendê-lo. O Reginaldo disse ainda que viu a movimentação policial na oficina, no momento em que ia buscar o carro, e então resolveu ir para a casa de sua mãe em Guarapari. Segundo ele, o trajeto até Guarapari foi realizado por meio de um Táxi, pois, ele ficou com medo de pegar um ônibus e ser preso. As mechas de cabelo encontrada no momento da prisão, o acusado alega ser do seu filho. “Um presente que ele me deu após ter cortado os longos cabelos. Toda essa versão foi apresentada pela defesa à polícia, que está apurando os fatos.
Carta Aberta à População
Após as declarações do advogado Rodrigo Márcio e do autor Reginaldo Ferreira (Pau Veio), familiares e amigos da enfermeira Priscila Cardoso redigiram uma carta aberta à população repudiando a tese de homicídio (crime passional), como quer defender o advogado do Reginaldo. Na carta, familiares exaltam a vida funcional, afetiva e familiar da enfermeira, descrevendo sua integridade, honestidade, caráter e dedicação.
“Priscila desde que veio para cá, não teve relacionamento com ninguém, porque o objetivo dela era outro, focar na carreira profissional. Ela sempre foi muito seletiva quanto as pessoas que adentram o seu ciclo de convivência, ainda mais amoroso. Outra, no seu depoimento ele a chama de “Patrícia”, diz que é sério o relacionamento e nem o nome certo dela ele sabe.”
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“Toda essa lorota foi criada par tentar retirar o latrocínio das costas do autor, que é roubo (ele roubou com emprego de violência o carro da Priscila) seguido de morte (em seguida a assassinou), e tentar que ele se enquadre no homicídio comum, que é mais branda a pena. Isso é um absurdo!”
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews