Teixeira de Freitas: O Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas concluiu os exames periciais no corpo encontrado em uma estrada vicinal, na Zona Rural do município de Alcobaça, fato ocorrido no último dia 15 de junho de 2021. O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição e apresentava sinais de enforcamento, e uma lesão contusa na cabeça. Havia suspeitas de que o corpo fosse do jovem teixeirense Carlos Daniel Belizário Rocha.
Quando os familiares ficaram sabendo através do Liberdade News que o corpo encontrado poderia ser do jovem desaparecido, eles se dirigiram ao IML de Itamaraju para reconhecimento do cadáver. Embora, estivesse em estado avançado de decomposição, a vítima apresentava sinais que facilitaram o reconhecimento por parte de familiares, tais como, arcada dentária e roupas.
Porém, conforme protocolo do DPT, é preciso que um cadáver seja reconhecido oficialmente através de documentos de identificação, exames necropapiloscópicos ou de DNA. Devido à decomposição do corpo, a primeira tentativa foi o exame necropapiloscópico, que consiste em coletar as digitais do cadáver e confrontar com as digitais de um documento oficial de identificação. Como a vítima supostamente seria a pessoa de Carlos Daniel Belizário, coordenador da CRPT de Teixeira de Freitas, o perito criminal, Eder da Costa Ramos Amorim, designou o perito técnico (papiloscopista) de plantão Sandro de Abreu para realizar identificação do cadáver.
De acordo com o Perito Técnico, Sandro de Abreu, o corpo estava em estado de esqueletização e teria que ser submetido à análise de impressões digitais para confirmar a identidade. Ainda segundo o perito, a vítima estava sem a mão direita, que pode ter sido retirada pelos criminosos ou por algum animal carnívoro. Mas, a outra mão apresentava os 05 dedos. “Foram realizados os procedimentos técnicos de forma a realizar o tratamento específico das papilas digitais, já desgastadas pela ação de decomposição. Através de reagentes forenses, hidratação, tratamento e observação, foi possível levantar as impressões através das papilas dérmicas e após o confronto com as digitais fornecidas pelo Instituto de Identificação Pedro Melo, foi possível concluir que a vítima se tratava mesmo do Carlos Daniel Belizário”, explicou o perito Sandro de Abreu.
Segundo o perito coordenador, Eder Amorim, o Departamento de Polícia Técnica tem atuado de forma efetiva na identificação de cadáveres através dos exames necropapiloscópicos, de forma a permitir uma identificação segura dos cadáveres e garantir a celeridade no processo, uma vez que os exames papiloscópicos fornecem 100% de confirmação da identidade de forma rápida e menos custosa que o exame de DNA.
A família de Carlos Daniel pôde finalmente realizar o sepultamento do seu ente querido, sem precisar esperar meses pelos exames de DNA. Além disso, as investigações poderão ser mais céleres, uma vez que há a certeza de que o sequestro do jovem, se transformou em homicídio e posteriormente em ocultação de cadáver.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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