Medeiros Neto: Uma moradora de Medeiros Neto procurou nossa equipe de reportagem para denunciar um caso grave de descaso medicina cidade de Medeiros Neto. Segundo a jovem denunciante, de 20 anos, ela está com seu filho morto na barriga desde a última sexta-feira (02), e ainda não conseguiu tirar o feto da barriga. A jovem gestante denúncia ainda que desde o início da semana foi detectado através de exames, que seu bebê estava apresentando problemas no coração, e nada foi feito para salvar a vida da criança.
Segundo a jovem Simara de Jesus Franco, na quinta-feira, dia 24 de junho, ela estava sentindo muita dor e procurou a médica, Dra Juliana Amato, na cidade de Medeiros Neto. A médica fez o toque e disse que a criança estava bem, mas que o tampão mucosa teria saído, mas que isso era normal. "A médica disse que eu podia aguentar até o dia 26 de julho, para fazer a Cesariana, inclusive marcando este dia para internação, e que qualquer coisa antes disso ela teria que ir para a UMMI em Teixeira, pois ela não resolveria".
"Na terça-feira (29), fui fazer a ultrassom que já estava marcada com o médico, Dr. João Paulo. E o médico detectou que a criança estava com problemas no coração, abdômen e barriga. O médico correu com as providências dele e procurou a responsável pela Regulação (Nicolly). Ela, então, marcou para terça-feira (07/07) para que a denunciante passasse por um médico na Policlínica de Teixeira. Mas, a criança veio a óbito na sexta (02 de julho)", explicou a jovem mãe.
Ainda segundo a mãe, o motorista do veículo que conduz pacientes para a Policlínica chegou a ligar para ela para confirmar a consulta, mas, ela informou que já havia perdido seu filho, e que se eles tivessem que fazer alguma coisa pelo seu filho teria que ter feito na terça-feira, quando descobriram que seu filho estava com problemas. "Como eles não fizeram nada, meu filho estava bem até esta quinta-feira, então, ele morreu. Eu sofri e estou sofrendo muito com a perda do meu filho, mas creio que Deus sabe de todas as coisas", desabafou a Simara.
"Na sexta-feira (02), eu fui para o Hospital de Medeiros Neto porque meu filho não estava mexendo. No hospital, fui examinado por uma enfermeira, que percebeu que o coração do meu filho não batia. Depois veio uma médica, e confirmou. E mandou ela para a UMMI fazer uma ultrassom de urgência, e me orientou que eu não deveria dizer que havia sido encaminhada pelo hospital, que era pra eu dizer que estava na casa de uma amiga e passei mal", acrescentou.
Na UMMI, a denunciante disse que foi bem atendida, e que a médica confirmou que a criança não mexia. Deixou ela internada para fazer uma ultrassom no outro dia. Na Ultrassom foi confirmado que o bebê não estava mais vivo. "Eles ligaram para a Doutora Juliana e perguntou se a Doutora poderia fazer o meu parto na segunda. A Doutora disse que sim, mas que eu precisaria ir na Policlínica na segunda-feira, pegar uma autorização e ir para o Hospital em jejum para tirar a criança", explicou.
E a denunciante está aguardando o procedimento burocrático, sentindo dores física e emocional, sabendo que, primeiro, nada foi feito para salvar a vida criança, cujos exames detectaram os riscos. Agora, com a criança morta no ventre desde sexta-feira, com a perspectiva de ser tirada ainda na segunda-feira. Uma vida, sonhos, tantos planos, tudo destruído pela falta de esforço dos órgãos responsáveis.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews