Porto Seguro: Turistas e moradores do distrito de Caraíva, em Porto Seguro, se reuniram por volta das 14h desta sexta-feira (17) para pedir justiça pela morte da adolescente Nayra Gatti, de 14 anos, cujo corpo foi encontrado na sexta-feira passada (10) com sinais de estrangulamento. Colado em uma árvore, um cartaz pedia justiça para Nayra e ostentava os números do disque direitos humanos (100) e da Central de Atendimento à Mulher (180).
O pai da adolescente, o argentino Sebastian Ricardo Gatti, esteve presente na manifestação e ficou o tempo todo calado.
ATRIZ QUERIA ADOTAR GAROTA – Em publicação no Instagram, a atriz Giselle Itié lamentou a morte de Nayra Gatti e disse que se sente culpada pelo ocorrido. Já em entrevista à Revista Glamour, a artista contou que conheceu a menina em junho de 2019, durante uma viagem com amigos. Na ocasião, ela tentou adotar Nayra e a irmã, Nereia, porque notou que eram “abandonadas” pelo pai.
Giselle conta que decidiu se aproximar da diretora da ONG que prestava assistência para as irmãs e se ofereceu até para adotá-las. “Ela disse que estava de olho. E que faria o trabalho dela. Pedi para gente unir forças. Levantar o nome completo do pai, pedi para ela. Nada feito. Falei, falei, falei. Discutimos. Falei: quero adotá-las! E expressei que não precisava ser experiente como ela para entender que as meninas estavam sendo maltratadas. Quem era esse pai? Meus amigos e eu levantamos um grupo de whats para nos unir a favor das pequenas. Mas o tempo foi passando. Tive que voltar para o RJ. Tentei falar com a diretora, mas desta vez ela não me atendeu”, lamentou.
REPÚDIO – O 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) de Porto Seguro e o Coletivo Caraíva sem Assédio emitiram nota repudiando a violência contra as mulheres, pedindo justiça e exigindo uma investigação efetiva e urgente da polícia.
ENTENDA O CASO – O corpo de Nayra foi encontrado em uma área de mangue, próximo da igreja. A jovem desapareceu no final da tarde de quinta-feira, quando todo o distrito estava sem energia elétrica devido às chuvas. A polícia ainda tenta identificar a autoria e motivação do crime, mas não divulgou outras informações para não atrapalhar as investigações.
A menina, de nacionalidade espanhola, morava com o pai, que trabalha fazendo serviços de jardinagem, e a irmã de 6 anos. A adolescente estudava na escola municipal e recebia atendimento psicológico em uma ONG.
Fonte: Radar64