A vítima foi identificada como Derick Trindade Guerrieri. Segundo a mãe da criança, Ana Clara Trindade, na última quinta-feira (19), ele estava sob responsabilidade da dona de uma creche particular, onde era matriculado há quase um ano, quando passou mal enquanto se alimentava.
Segundo ela, após sufocar, o menino foi levado até um posto policial do bairro Santo Antônio dos Prazeres, mesmo local onde a situação aconteceu. Os policiais militares prestaram os primeiros socorros e diante da gravidade da situação, levaram o garoto ao Hospital Estadual da Criança.
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Conforme assessoria do HEC, ao chegar na unidade, o garoto apresentou parada cardiorrespiratória e foi reanimado. Durante procedimento, foi aspirada uma grande quantidade de conteúdo alimentar. De acordo com a mãe, apesar de todos os esforços, Derick não resistiu, e faleceu na manhã de sexta (18). Segundo Ana Clara, ele sofreu lesões graves porque sofreu passou muito tempo sem respirar.
"Foi uma fatalidade. Eu estou sem chão, perdi meu menino, meu único menino", disse a mãe. Derick era o primeiro filho e único filho de Ana Clara.
De acordo com a Polícia Civil, o levantamento cadavérico foi realizado e corpo da vítima foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), para realização de necropsia. As investigações iniciais apontam o fato como acidente, mas o caso segue investigado.
O corpo de Derick foi liberado pelo DPT na manhã deste sábado e será enterrado às 15h, no cemitério Jardim das Flores.
O que diz a dona da creche
A reportagem conversou também com Rutiana Evangelista Sampaio, responsável pela creche onde o menino era matriculado. Assim como a mãe, ela disse que o que aconteceu foi "uma fatalidade".
Rutiana explicou que o espaço funciona no pavimento térreo do mesmo imóvel da casa dela e afirmou que o engasgo ocorreu na área da residência, às 19h, após o expediente da unidade educacional. Ela contou que mantém vínculo pessoal com a família de Derick e, por isso, algumas vezes o garoto ficava na casa dela, quando Ana Clara não podia buscá-lo no horário adequado.
Ao perceber o ocorrido, Rutiana pediu ajuda aos vizinhos, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). No entanto, conforme ela, nenhuma ambulância foi até o local.
"Foi tudo muito rápido e era preciso atendimento imediato, porque a gente sabe que em um caso de 'engasgadura', cada minuto é um tempo precioso. Então, eu saí pela rua pedindo ajuda. Estou grávida, estava com filhos pequenos em casa, me desesperei com a situação", relatou a mulher, que está no sexto mês de gestação.
Conforme ela, um mototaxista passou, viu a situação e se ofereceu para levar a criança até o posto da polícia, que fica perto. Rutiana disse que ela mesma entrou em contato com a família de Derick, para comunicar o que tinha acontecido.
"Eu estou em choque, mas estou aberta a prestar esclarecimentos para a sociedade. Estou sofrendo muito, porque sou próxima da família, tenho mantido contato com eles, e eu sou mãe também. Foi uma tragédia, uma fatalidade".
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, para obter posicionamento acerca de uma possível negativa de atendimento por parte do SAMU, e aguarda retorno.
Fonte: G1