Só neste ano, a Bahia já soma 3.032 acidentes em rodovias federais com volume médio diário anual acima de mil carros. É um aumento de 97%, quase o dobro em relação aos 1.534 acidentes no mesmo período do ano passado. A informação, segundo o Correio 24 Horas, foi revelada por mapeamento da Fundação Dom Cabral com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao analisar o cenário do país, o número estadual representa 5% dos acidentes neste tipo de rodovia, em 2022.
No estado, ainda segundo o Correio, a BR-101 lidera tanto em número absoluto de acidente, como também as taxas de acidentes perigosos na malha rodoviária. De 2018 a 2021, a estrada teve 3.358 ocorrências registradas, tendo o maior nível de gravidade da Bahia, segundo a coleta de dados.
Para a analista de transporte e tráfego Cristina Aragón, a parte sul da BR-101, onde entorna municípios, como Teixeira de Freitas, Itabela e Eunápolis, é mais perigosa que a zona norte da via. Isso porque, no sul, há grande fluxo de transportes de carga pesada combinado com a ausência de duplicação.
Segundo a especialista, os acidentes acontecem quando os caminhões carregados sobem mais devagar por conta da carga e veículos menores tentam ultrapassar justamente em áreas sem pista auxiliar de subida.
“A duplicação é muito importante na segurança do trânsito porque evita a pior colisão, que é a frontal. Esse tipo [geralmente] resulta em morte porque soma as duas velocidades contrárias”, destaca sobre problemas de infraestrutura em rodovias na Bahia.
Fonte: Radar64