Itamaraju: O assunto tomou conta das rodas de conversas e das redes sociais em Itamaraju e região, desde a última terça-feira, 19 de julho, quando o vereador de Itamaraju, Edson Dias (PT) conhecido como “Som de Nova Alegria”, relatou os momentos de pânico que viveu quando foi submetido à tortura física e psicológica durante reunião com o prefeito Marcelo Angênica, com o Secretário de Administração, Léo Oss, o vereador Rogério da igreja e empresários do ramo de transporte escolar.
Segundo o parlamentar, o prefeito Marcelo Angênica queria que ele votasse favoravelmente a um Projeto de Lei que autoriza o gestor a contrair um empréstimo de R$ 50 milhões e deixar a dívida para o próximo prefeito pagar. Além disso, Angênica queria que ele votasse em Rogério da igreja para presidente da Câmara, cuja eleição está marcada para o início de agosto.
A Reportagem do Liberdade conversou com o vereador “Som de Nova Alegria”, que estava acompanhado de seu advogado, Tiago Eloy, da vereadora Jozeni Alves Bonfim, a "Ny" do (PSD), e o vereador, Flavio da Silva Nascimento, o "Flavinho Cabeleireiro" (Republicanos). Todos estiveram na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, para registrar o Boletim de Ocorrência (BO) para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
O vereador "Som" relatou que recebeu uma oferta de propina no valor de R$ 150 mil para que votasse favoravelmente ao empréstimo, junto à Caixa Econômica Federal. "Foi ofertado de R$ 100 a R$ 150 mil reais a quem votasse a favor do empréstimo de R$ 50 milhões”, disse o vereador "Som".
"Passei por momentos de tensão e me recusei a oferta. A partir daquele momento, passei a ser agredido e colocado sob ameaça de arma de fogo, e o prefeito Marcelo Angênica presenciou o mau comportamento dos demais presentes na reunião. O empresário que tem como responsabilidade o Transporte Escolar do município me agrediu com um soco, e seu sócio puxou uma arma (pistola) e apontou para o meu lado”, disse o vereador "Som".
'Eu não sabia se a intenção era somente intimidar ou atirar", acrescentou. Ainda segundo o vereador após o clima tenso, ele conseguiu sair da reunião com hematomas, e procurou as medidas cabíveis, junto à Polícia Civil e o Ministério Público (MP), exigindo providências. Após a repercussão do caso nas mídias sociais e na sessão da Câmara, o prefeito Marcelo Angênica ordenou que o projeto fosse retirado de pauta.
O vereador "Som" concluiu, relatando que, está tomando as providências legais também em outras esferas na capital do estado, junto a outros parlamentares. O Liberdade News abre o espaço para que o prefeito Marcelo Angênica se pronuncie sobre o assunto.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews