Teixeira de Freitas: A equipe de reportagem do Liberdade News conseguiu levantar informações sobre a motivação do crime de homicídio, cometido pelo padrasto Almir dos Santos (41 anos), contra o seu enteado Kaíque dos Santos, de 15 anos. Segundo levantamentos, o padrasto alegou que o adolescente estava mexendo com coisa errada, andando com gente ruim, e não gostava que ninguém falava nada com ele.
Quando a mãe dele falava com ele, ele dizia: ‘me deixa em paz, deixa eu viver a minha vida’. Ainda segundo o padrasto, o adolescente queria que ele se separasse da mãe, e vivia procurando problema. O padrasto disse ainda que o seu filho, contou que ouviu o Kaíque dizendo que ia pegar uma faca e enfiar na cabeça dele. O padrasto alega que não teve a intenção de matar o adolescente, e que tudo saiu do controle.
O padrasto informou que matou o adolescente com duas pauladas, e que ele tinha chamado o adolescente para dar uma volta de carro e ficou dando uns conselhos para ele para parar de sair com gente errada e ele (adolescente teria dito que não queria conselho de ninguém, e saiu do carro. O padrasto teria ido atrás dele, foi quando o menor foi para cima dele, e o padrasto para se defender pegou um pedaço de pau no chão, e deu duas pauladas.
O padrasto informou que tudo aconteceu próximo da farinheira de Itabatã, e que não era a intenção dele matar o garoto. Nossa equipe de reportagem recebeu informações de que a avó do adolescente desmentiu a informação de que havia brigas e discussões entre o Almir e o Kaíque. “Esse criminoso, após o desaparecimento do meu netinho, ele foi na delegacia com minha filha, foi no Conselho Tutelar, mas depois, quando a Polícia esteve na casa da minha filha e começou a apertar, ele estava na residência e fugiu pelos fundos”.
“Não havia problema de briga e discussão, ninguém nunca me relatou nada disso. O que esse monstro fez com meu neto foi uma crueldade. Nós queremos Justiça, que ele pague pelo derramamento de sangue, pela vida do meu neto”, desabafou a avó.
Na tarde desta quinta-feira, 08 de dezembro, Almir dos Santos Silva de 41 anos, se apresentou na tarde desta quinta-feira, 08 de Dezembro, por volta das 15h10, na Delegacia Territorial da Polícia Civil de Itamaraju, acompanhado do seu advogado, Felipe Zaniboni Neri, em razão de ter em seu desfavor um mandado de prisão temporária (no prazo de 30 dias) expedido pela Vara criminal, Júri, Infância e Juventude de Mucuri.
Almir dos Santos vinha sendo apontado como o principal suspeito pelo desaparecimento do garoto Kaíque dos Santos Souza, 15 anos de idade, que estava desaparecido desde o dia 30 de novembro, no distrito de Itabatã, município de Mucuri/BA. O adolescente saiu de casa, dizendo que iria para um sítio. Depois disso, desapareceu. Câmeras de segurança mostraram que o padrasto do garoto saiu logo em seguida.
No outro dia (01 de dezembro), estranhando o desaparecimento do adolescente, a família registrou um Boletim de Ocorrência. Quando a Polícia começou a investigar, e esteve na casa do padrasto, ele desapareceu. Até esta tarde de quinta-feira (08), o Almir (padrasto) era considerado foragido da Justiça. Diante de todas as suspeitas contra o Almir, o juiz da Vara criminal, Júri, Infância e Juventude de Mucuri expediu o mandado de prisão contra o Almir.
Segundo apurou nossa reportagem, o mandado foi expedido por de homicídio e ocultação de cadáver (Lei: 2848, art. 211 e art. 121, § 2º, II. do CPB). Após o comparecimento do Almir na delegacia, o investigador da Policia Civil de Itamaraju, Marcos Antônio, deu cumprimento ao mandado de prisão. O Almir assumiu o crime, e informou à Polícia onde enterrou o corpo do adolescente. Uma equipe da Polícia Civil de Mucuri, juntamente com peritos do DPT estiveram no local indicado, mas não encontraram o corpo do adolescente.
Ainda na noite desta quinta-feira, o Almir levou os policiais ao local exato onde o corpo estava enterrado, em uma plantação de eucalipto. O corpo foi removido ao IML, onde será necropsiado. Nossa equipe de reportagem ainda não conseguiu informações sobre a causa da morte do adolescente. O exame de necropsia deverá definir a causa. O Almir segue custodiado na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, sede da 8ª COORPIN, e deverá ser transferido ao Conjunto Penal de Teixeira de Freitas.
O caso causou grande comoção no distrito. Quando o Almir esteve na Subdelegacia de Itabatã, ele foi fortemente reprimido por populares, e só não sofreu um linchamento por conta do forte policiamento. A revolta popular é muito grande. Muita gente compartilhou pedidos de informações sobre o paradeiro do adolescente, bem como, espalharam fotos do Almir, para que ele fosse localizado e preso. A equipe de reportagem do Liberdade News segue acompanhando os desdobramentos do caso.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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