Em números absolutos, a Bahia registrou 3.892 mortes de jovens em 2023 e figurou o segundo lugar como o estado com maior taxa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos.
A Bahia foi o estado com a segunda maior taxa de morte entre jovens em 2023, segundo o Atlas da Violência 2025, divulgado nesta segunda-feira (12) e construído em parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A mortalidade de jovens no estado é 12 vezes maior que a de São Paulo, onde foi registrada a menor taxa em 2023.
Segundo o relatório, a Bahia registrou 3.892 mortes de jovens naquele ano. Com isso, o estado ficou em segundo lugar na taxa de mortalidade para esta faixa etária, tendo registrado 113,7 homicídios por cada 100 mil jovens. A taxa nacional de mortes para este grupo é de 45,1 homicídios a cada 100 mil jovens no mesmo período.
Vale ressaltar que a taxa de homicídios é maior entre os homens, que representam quase o dobro da taxa geral: 220,6 a cada 100 mil pessoas. Apesar do alto índice de óbitos entre jovens no estado, houve queda de 3,4% em comparação com os registros de 2022.
Ainda conforme o documento, a morte violenta é a principal causa dos óbitos. Entre 2013 e 2023, as armas de fogo se destacaram como as responsáveis pela maior parcela das mortes entre jovens no Brasil. Em segundo lugar, estão os homicídios causados por instrumentos perfurantes e, em terceiro, os objetos contundentes.
Bahia foi estado com maior número de homicídios em 2023
Em números absolutos, a Bahia liderou o número de homicídios no Brasil em 2023. Somente naquele ano, foram registrados 6.616 óbitos. Confira abaixo o ranking com os cinco estados com mais óbitos no período:
Bahia - 6.616
Rio de Janeiro - 4.292
Pernambuco - 3.697
São Paulo - 3.043
Ceará - 2.992
Apesar disso, o Atlas da Violência 2025 aponta que houve uma redução dos homicídios em todo o Brasil. Entre as razões, estão o envelhecimento da população e o aprimoramento das políticas de segurança pública em alguns estados e municípios. Os especialistas apontam ainda que é evidente que na década passada o Brasil despertou para a necessidade de mudar a forma de fazer segurança pública.
Fonte: G1
