Agentes da Vigilância Sanitária da Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas apreenderam no início da tarde desta quinta-feira (21/02), toda a carne de uma vaca que estava sendo abatida clandestinamente dentro de um pasto ao lado do bairro Ulisses Guimarães, na zona oeste da cidade, cujo abate se deu às vésperas do parto do animal, que daria cria de um bezerro preto, esse que já estava com pelo e cascos formados.
Conforme a enfermeira Rosana Vaz Campos, coordenadora municipal da Vigilância Sanitária, o seu pessoal chegou ao cenário do abate após uma denúncia anônima dando conta que duas pessoas abatiam a vaca em período final de gestação e quando os agentes chegaram à localidade indicada, encontraram o animal já sendo destrinchado e o bezerro em completo estado de formação já retirado da barriga da vaca.
Policiais militares da equipe do tenente coronel Paulo Silveira promoveram a condução do homem que abatia o animal para a sede da 8ª Coordenadoria Regional da Polícia Civil. Segundo o vigilante Agnelo Ribeiro dos Santos, 52 anos, ele havia comprado a vaca pelo valor de R$ 700 e contratou um magarefe para abatê-la objetivando promover um churrasco para uma festa de família.
O homem disse inicialmente que não sabia que a vaca estava prenha e mais tarde acabou confessando que mesmo observando a característica mansa e sensível por causa da gestação do animal, teria matado a vaca porque o homem que havia lhe vendido teria dito que o bezerro estaria já morto na barriga da mesma. No entanto, o filhote foi retirado apresentando todos os estados lubrificantes e sinais recentes de morte interrompida.
O delegado de plantão na 8ª Coorpin, Júlio César Telles acabou instaurando um Inquérito Policial e após ouvir o vigilante, liberou o suspeito e mandou intimar todas as pessoais envolvidas no episódio e solicitou uma perícia no local do fato e suspendeu inicialmente a incineração da carne até que a perícia examinasse o bezerro para saber se ouve maus tratos ou não de animais, tendo em vista que a vaca estava gestante quando do seu abate clandestino. Contudo, acrescenta o delegado Júlio Telles “que o abate clandestino foi evidenciado e que está evidente também a violação a lei nº 8.137 por crime contra as relações de consumo, diante da suspeita que a carne fosse distribuída também para ingestão no mercado consumidor”.
Por: Athylla Borborema