Os municípios de Mucuri, Nova Viçosa, Caravelas, Alcobaça e Prado ficaram sem o fornecimento de energia elétrica desde as 21h00 de terça feira 14 de Maio só retornando as 21h45, serviço essencial para o funcionamento de toda a estrutura dessas localidades.
A população do extremo Sul, já sofre as consequências do desrespeito da empresas produtoras de celulose Suzano e Fíbria, que historicamente plantaram suas florestas de eucalipto próximo às redes de transmissão de energia. Com as chuvas e os ventos, naturais dessa região, essas árvores de eucalipto caem sobre a rede e interrompem o atendimento às localidades.
Desta vez, no entanto, a responsabilidade não é das produtoras de celulose. Segundo a central da regional da Coelba , num acidente, no interior do município de Teixeira de Freitas, alguns postes foram derrubados o que demandaria tempo para a instalação de novos postes e reestabelecer o fornecimento de energia elétrica.
O questionamento é: quem reparará o prejuízo provocado pelo não fornecimento de energia durante tanto tempo? As empresas, principalmente o comércio, que tiveram perdas, pois grande parte dos produtos que vendem é perecível, serão ressarcidos desses valores? Que mecanismos podem ser utilizados para que essas pessoas não tenham que assumir um prejuízo que poderia ser evitado com um plano de emergência.
A necessidade é que haja uma mobilização dos moradores e empresários desses municípios, para exigir da Coelba a reparação dos danos causados, pois a diversos compromissos foram impossibilitados. Sem que haja catástrofe natural é difícil aceitar que a empresa leve 24 horas para trocar 05 ou 06 postes. Enquanto isso, o baixo extremo Sul permaneceu sem energia, luz, telefone celular e em muitos casos, até água, pois o funcionamento das bombas abastecedoras também depende de energia.
O extremo Sul não pode aceitar a indiferença e o descaso da Coelba com os moradores e com a economia local. As câmaras de vereadores devem encabeçar um movimento para que haja reparação, ou que pelo menos a explicação seja convincente. Além disso, deve criar dispositivos para que a empresa seja forçada judicialmente a agir com rapidez nos casos de falta de energia.
Fonte: Folha Capixaba