Teixeira de Freitas: O acidente envolvendo um ônibus da Águia Branca, que tombou em uma curva na madrugada de quarta feira (15), no km 895 da BR-101, a 18 quilômetros da cidade de Teixeira de Freitas, deixou 20 passageiros feridos e 10 mortos, incluindo o motorista e trouxe um alerta: a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança e a conscientização de motoristas, passageiros e empresários do ramo de transportes sobre sua importância. Se estivesse usando o cinto de segurança talvez não tivesse morrido tanta gente.
Conforme o Artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro é obrigatório o uso do equipamento para condutor e passageiro, em todas as vias do território nacional. O motorista que não cumprir está lei e for pego em uma fiscalização, perderá 5 pontos na carteira, já a empresa que não respeitar a lei, estará sujeito a multa e retenção do veículo até colocação de cinto, como consta no Artigo 167. No entanto, ao passageiro de ônibus não cabe nenhuma penalidade. Desde 1999, os ônibus são obrigados a sair de fábrica com o dispositivo, que pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Conforme Liomário dos Santos Filho, inspetor da Polícia Rodoviária Federal, principalmente em acidentes onde há choque frontal, as pessoas que estão sem o cinto são projetadas para fora dos veículos e têm o corpo submetido a um impacto intenso, lesionando órgãos e sofrendo até hemorragia interna. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia confirma a necessidade do equipamento: ele é capaz de reduzir em até 75% o número de mortos e feridos num acidente de ônibus.
As pessoas que estão devidamente com o dispositivo, geralmente sofrem apenas um leve hematoma no peito ou saem ilesas. “Apesar da obrigatoriedade do uso do cinto, previsto no CTB e recomendações para seu uso, apenas 2% dos passageiros afivelam o cinto. No entanto, apenas os ônibus que fazem linhas intermunicipais e interestaduais podem cobrar o uso dos seus passageiros. Os veículos de linhas urbanas são dispensados da exigência, pois possuem autorização para levar pessoas em pé. É preciso mostrar a necessidade do uso do cinto de segurança, tem que ter orientações por parte da empresa, antes que os ônibus comecem a viagem.” ressalta o inspetor.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews