Repórteres foram detidos ou agredidos pela Polícia Militar durante a cobertura jornalística das manifestações ocorridas ultimamente em Salvador. De acordo com os relatos, os profissionais foram agredidos enquanto estavam cobrindo apreensões de menores ou questionavam detenções de colegas. Os atos da polícia foram criticados pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), que emitiu nota.
A nota cita as detenções ou agressões aos repórteres Francis Juliano e Evilásio Júnior, ambos do Bahia Notícias, e Tiago di Araújo, do iBahia (Rede Bahia). Francis Juliano foi detido pela PM ao questionar policiais militares que espancavam um fotógrafo. O colega, Evilásio Júnior, foi agredido verbalmente, levou empurrões e spray de pimenta no rosto no mesmo episódio. Segundo os profissionais, a violência policial foi ordenada pelo capitão identificado como Themístocles.
Já o repórter fotográfico do Ibahia, Tiago di Araújo, foi obrigado pela polícia a apagar fotos da abordagem e apreensão de menores feita por uma guarnição da PM. Segundo o profissional, os policiais ameaçaram apreender a máquina se as imagens não fossem apagadas, episódio ocorrido nos Barris.
A nota do Sinjorba é assinada pela presidente, Marjorie Moura, que critica os abusos e a falta de profissionalismo dos que “atuam nas ruas para manter a ordem pública”. O governador Jaques Wagner nem o comando-geral da PM se pronunciaram quanto às agressões aos jornalistas.
Informações: A Tarde