Teixeira de Freitas: Na tarde desta sexta-feira, 25 de outubro, nossa equipe de reportagem foi solicitada por um casal, usuários da UNIMED Extremo Sul e que estão sendo, literalmente, lesados por essa operadora de planos de saúde. Segundo senhora Andressa, que está em fase inicial da gestação, na madrugada desta sexta (25), por volta das 03h00 da manhã, ela começou a ter fortes dores e sangramentos, sendo levada pelo seu esposo ao Hospital Sobrasa para atendimento.
Chegando lá, o médico que estava de plantão disse que não podia fazer nada porque não era obstetra e pediu que eu fosse encaminhada à UMMI (Unidade Municipal Materno Infantil). “Mesmo pagando caríssimo em um plano de saúde, eu tive que ser encaminhada para a rede pública de saúde”, disse a gestante. Chegando à UMMI, a gestante foi medicada, segundo a mesma, pelo mesmo remédio que ela já vinha tomando em casa, e pela manhã foi liberada. O casal voltou para o Sobrasa para tentar atendimento.
“Ficamos das 07h00 até às 11h00 da manhã no Sobrasa e após muita reclamação, um médico veio nos atender e apenas deu uma guia para que fosse feito uma ultrassonografia”, disse o esposo. Ainda segundo o esposo, pós a ultrasson, o médico foi embora e disse que não podia mais nos atender. O esposo foi até a UNIMED e mandaram que eles fossem para o Hospital São Paulo, direto para o Pronto Socorro fazer outra ultrassonografia para verificar as condições do feto.
Por volta das 13h00, informaram que o médico da ultrasson não estava. “Depois de todo o transtorno, voltamos para a UNIMED e eles nos encaminharam para uma clínica próxima à Praça dos Leões e o médico disse que a ultrassonografia que foi feita não é adequada, que deveria ser uma endovaginal, a qual eu tive que pagar por fora. Faz três anos que pago a UNIMED e na hora que mais precisei fui lesado por negligência da operadora”, disse revoltado o esposo de Andressa.
Ainda segundo o esposo, na Pro-Mater também só foi feito uma consulta, pois o médico que atende a sua esposa não está na cidade e ninguém quis se responsabilizar pelo seu atendimento. Após a consulta, o casal foi mandado para casa e segundo as ultrassons feitas, os médicos ficaram na dúvida se havia batimentos no coração do feto, havendo a necessidade da realização de novos exames. O casal depois de tanto sofrimento chamou a policia militar para registrar os transtornos e foram orientados a procurar a Polícia Civil.
Nossa equipe de reportagem procurou o Hospital São Paulo e o porteiro disse que a pessoa que podia falar sobre o assunto já tinha embora e, ninguém mais tinha autorização para falar com a imprensa. Já no Sobrasa, tentamos contato pelo telefone, mas ninguém atendeu. Ate o fechamento dessa matéria, a mulher não tinha conseguindo atendimento em nenhum dos dois hospitais que são credenciados pela UNIMED, e que só poderiam atender na segunda-feira. O caso deverá ser apurado, pois a UNIMED e seus credenciados feriram o Código de Ética médica em seu primeiro artigo, que diz sobre o respeito à vida humana.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews