Teixeira de Freitas: O caso aconteceu neste domingo, 27 de outubro. Jefferson das Neves Santos, de 18 anos, morreu depois de ter se engasgado com uma espinha de peixe. Embora o óbito tenha sido registrado neste domingo, a vítima teria se engasgado no dia 19. Na mesma data, ele foi socorrido por familiares e levado ao hospital municipal de Teixeira de Freitas, onde passou por alguns procedimentos médicos, inclusive a realização de um raio-x. No entanto, a espinha não foi localizada.
Aparentemente, Jefferson não apresentava um quadro clínico grave, e o médico solicitou uma endoscopia, exame que é realizado de segunda a sexta-feira na unidade hospitalar, de acordo com a administração do hospital que conversou com a nossa reportagem, na manhã desta segunda-feira, 28. Mesmo com a solicitação de exame assinada pelo médico plantonista, Jefferson que residia na fazenda Boa Esperança, localizada às margens da BA-290 em Teixeira de Freitas, não retornou ao hospital e também não procurou fazer o exame em unidades privadas de saúde.
Neste domingo, já em estado grave, Jefferson retornou ao hospital, oito dias após o primeiro atendimento. Novamente ele passou por procedimentos médicos e aguardava na UTI, a realização de uma endoscopia nesta segunda-feira, mas não resistiu e morreu na manhã do mesmo dia.
Durante exames de necropsia no Instituto Médico Legal da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior, o pedaço de espinha que teria provocado a morte de Jefferson acabou sendo localizado e retirado durante o procedimento. Ainda segundo exames de medicina legal, a vítima sofreu anemia aguda por conta da perda de sangue através de pequenos cortes provocados pela espinha que estava localizada entre o esôfago e o coração do jovem.
Enquanto davam prosseguimento ao processo de liberação do corpo, familiares reclamaram do atendimento do hospital, principalmente pelo fato de os médicos não terem conseguido localizar a espinha e dado alta ao rapaz. O hospital explica que a não localização de espinhas em alguns procedimentos é considerado normal, haja vista que elas costumam se locomover dentro do corpo dificultando o trabalho de localização e diagnóstico rápido do problema.
Por: Sulbahianews