O delegado Gean Nascimento, titular da Polícia Civil de Itamaraju, confirmou no início da noite desta segunda-feira (18), que o elemento que comprou uma pistola furtada de um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Itamaraju, na verdade não se chama Namam dos Santos Dias, e sim, Raimundo dos Santos Dias, de 43 anos, um fugitivo do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas. Quando foi preso em flagrante neste último domingo (17) em posse da pistola do PRF, o foragido deu o nome de Namam, que na verdade é seu irmão, na tentativa de enganar a polícia e livrar-se da cadeia.
O problema para o espertalhão é que o delegado Gean Nascimento começou a desconfiar do indivíduo desde o dia em que ele foi preso e diante dos levantamentos feitos, Raimundo não teve outro jeito a não ser confessar tudo. Quando fugiu do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), para onde será recambiado nos próximos dias, Raimundo, vulgo Cachorrão, respondia por tráfico de entorpecentes e agora, como deu nome de outra pessoa, deve ser indiciado por falsidade ideológica.
Entenda o caso: O furto aconteceu na noite do última sábado (16), no Conjunto Habitacional BNH, região central de Itamaraju, quando um menor de 12 anos, pulou o muro da residência do agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e furtou uma pistola ponto 40, de uso restrito, marca Taurus, municiada com 11 cartuchos.
O fato foi registrado por meio de um boletim de ocorrência na Delegacia da Polícia Civil de Itamaraju (DEPOL) na manhã do domingo (17) e ao tomar conhecimento do furto várias diligências foram efetuadas pelo agente Manoel Soares e policiais da 43ª Companhia Independente da Polícia Militar, esses que chegaram até o menor.
Perguntado sobre o furto da arma de imediato o menor confessou e disse ainda que teria dado a pistola para Lucas de Oliveira, vulgo Tainha, de 18 anos, morador do Conjunto Habitacional Vale do Jucuruçu, cidade baixa, que horas após teria vendido a mesma para Raimundo, vulgo Cachorrão, que até então foi identificado como Namam dos Santos Dias, de 42 anos. Ele pagou R$ 150 pela arma.
Na sequência foram detidos todos os envolvidos, sendo o autor do furto, da venda e receptação da arma do agente da PRF. Os três foram conduzidos e apresentados à Delegacia da Polícia Civil. Ao fazer a conferência da arma o agente da PRF relatou que a arma estava municiada com 11 cartuchos quando foi furtada, sendo encontrada apenas com 4 deles intactos. Os demais teriam sido disparados como forma de testar o armamento.
Por: Ronildo Brito/TN