Em meados de novembro repercutiu em vários meios de comunicação o caso de Joelma Cajazeira dos Anjos, que deu a luz na Unidade Municipal Materno-Infantil (UMMI) no dia 24 de setembro, ocasião em que a médica de prenome Juliana insistiu no parto normal, ignorando as informações de que a gestante teria que fazer cesariana por ter vasos internos, que poderiam causar hemorragia em caso de parto natural. A médica, atualmente, afastada pela direção da UMMI, forçou o parto normal ao ponto de romper a região do quadril, momento em que a paciente desmaiou de tanta dor e, ao acordar, descobriu que sua filhinha estava sem os movimentos de um dos braços, sem que a médica lhe desse explicações para o fato.

Além disso, Joelma ficou um mês no hospital, teve quadro de suspeita de infecção e, até novembro, usava um fixador no quadril, porque sua bacia foi fraturada durante o parto, devido à brutalidade com que a médica abriu suas pernas. Vivendo apenas com um filho de 11 anos, Joelma dependia de vizinhos para os cuidados consigo e com sua filha, além de doações de alimentos e fraldas.

Agora, na sexta-feira, 29 de novembro, ocorreu a morte de um bebê recém-nascido que a família alega ter sido por negligência da médica Elizabete Moreira Barbosa, a qual, segundo populares, é conhecida por sua falta de educação com as pacientes e forma grosseira de tratar as parturientes. Há relatos extraoficiais de que ela teria deixado o pequeno Enzo cair no chão, e isso teria causado sua morte.

Segundo familiares falaram a um site da cidade, a mãe do bebê, Maria Aparecida Guedes, de 27 anos, deu entrada na quinta-feira, 28 de novembro, à noite, na UMMI para realização do parto de seu primeiro filho, que realizado no dia seguinte, pela doutora Elizabete. Ainda conforme a família, a mãe teve uma gestação saudável e tranquila, sem nenhum problema com ela ou a criança. E o bebê teria nascido vivo e minutos depois a família foi informada sobre sua morte.

De acordo à declaração de óbito da UMMI, assinada pela médica Elizabete Moreira Barbosa, a causa morte foi “anoxia intrauterina”, a falta de oxigenação no cérebro. Mas, este problema depende de fatores não apresentados pela parturiente, como hemorragia, placenta prévia, idade materna avançada, grande multiparidade, eclâmpsia ou pré-eclâmpsia, diabete, anemia severa e doença cardiorrespiratória. Nestas situações, o pré-natal é feito de forma ainda mais cautelosa e, possivelmente, a gestante sabe dos riscos. Além disso, o feto não realiza os movimentos para sair e não consegue respirar sozinho, e pode aspirar as secreções uterinas.

O sangramento materno e prolapso de cordão umbilical, que é à saída do cordão antes do corpo, também devem ser levados em conta na luta contra a anoxia. A situação pode provocar o rompimento dele com risco de hemorragia grave. O médico rapidamente deve recolocar o cordão para dentro e fazer manobras para posicionar corretamente a criança. O que, segundo os familiares do Enzo, não aconteceu.

A médica acusada compõe a equipe de legistas do Instituto Médico Legal de Teixeira de Freitas, por isso, a Promotoria de Justiça solicitou o encaminhamento do corpo do recém-nascido para o IML de Itamaraju, para os exames de necropsia que comprovarão se houve ou não negligência médica, mais uma vez, na maternidade pública de Teixeira de Freitas. O laudo deverá sair em até 30 dias.

Por: Pauta Diária

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