Teixeira de Freitas: Na noite desta segunda-feira, 09 de dezembro, a empresa MRM, terceirizada da EMBASA, que está implantando a tubulação para a rede de esgoto em Teixeira de Freitas, fez mais uma reunião com um bairro da cidade. Essa é uma iniciativa da empresa de ir a cada bairro esclarecer os moradores sobre os serviços, impactos, resultados e o valor da obra, que futuramente será cobrado na fatura da água, valor esse correspondente a 80% do total da conta.

Dessa vez a reunião foi com os moradores do Bairro São Lourenço, para discutir a pauta comum para todas as reuniões planejadas e, também para pedir que os moradores do bairro parem de fazer as ligações por conta própria na rede de esgoto, pois isso tem prejudicado a obra que está inacabada. A reunião aconteceu no auditório do CETEPES e compareceram poucos moradores, sendo que a maior parte das pessoas no auditório foi formada por estudantes da própria rede de ensino.

A reunião era presidida por Paulinelli Santhiago Dias Cardoso, que é assistente social da MRM, e foi diversas vezes hostilizado pela população presente, que cobrava da empresa melhoria nas obras, principalmente na questão dos buracos deixados nas ruas. Segundo a moradora Rose Ângela Conceição, que participou da reunião, ela não achou que foi esclarecedora, muito menos que tenha sido divulgada informações suficientes, tanto que poucos moradores ficaram sabendo do encontro.

Ela diz que não achou correta a ação da empresa em entregar um documento para a população assinar, antes de começarem as obras, sendo que ninguém sabia do que se tratava. Ela também acredita que a empresa é desorganizada, que está jogando ‘na defensiva’ com a população e ainda está fazendo “um minhocão na cidade”. Rose disse ainda que dentre as coisas faladas, o que a assustou foi o fato de que a população não terá opção de deixar de assinar, de não usar e nem de pagar pelo serviço da MRM.

“O que me preocupou sobretudo, foi quando o palestrante disse que não mentiria para ninguém, já que a empresa está indo embora e logo a culpa ficará na prefeitura”, disse Rose. As pessoas questionaram a todo o momento, mostraram a fatura de suas contas de água que já estão vindo com o valor muito acima do normal, falaram dos buracos em suas ruas e, como não tinham respostas satisfatórias, se retiraram do auditório, um tanto insatisfeitas. A próxima reunião está marcada para ser com os moradores da Urbis.

Por: Petrina Nunes/Liberdadenews