A Polícia Civil de Alcobaça cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 11 de dezembro, por volta das 09h30, um mandado de busca e apreensão na concessionária Fiat Ceolin de Teixeira de Freitas. O mandado de busca era para um cheque emitido pelo secretário de Administração de Alcobaça, Alexsandro Braz Silveira, o Alex.
A equipe do LiberdadeNews flagrou o momento da chegada dos policiais, tentou conversar com os mesmos, mas eles não quiseram falar com a imprensa. A operação na Ceolin era comandada pelo delegado titular, Dr. Robson Marroci. Essa busca e apreensão em Teixeira foi a sexta operação do Ministério Público à frente do caso, que foi iniciada em Alcobaça e batizada de "Combate ao Crime contra a Administração Pública e Patrimônio Privado”.
Entenda o caso: Na última segunda-feira (9), suspeitas de uso ilegal de cheques do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) fizeram com que a juíza substituta, Nêmora de Lima Janssen, autorizasse a busca e apreensão na casa do secretário, a pedido do promotor de Justiça João Batista Madeiro, que conduziu a operação.
A procura na casa do secretário e nos locais requeridos, como ocorreu na Ceolin, era por “cheques, canhotos de talões, recibos, anotações, arquivos digitais ou quaisquer outros elementos utilizados para a prática do crime”. Os cheques roubados eram do período em que o servidor, Alexsandro, trabalhava em cargos de direção do Fórum de Alcobaça.
Alex foi conduzido à delegacia e os objetos apreendidos em sua casa ainda não foram oficialmente divulgados. Fotos comprovam a existência apenas de documentos e outros papéis não identificados.
Palavras do acusado: Alex também não quis dar entrevista, apenas conversou com repórteres da região e disse que era um assunto pessoal. Disse ainda que, "o processo é sigiloso, é uma denúncia sobre mim e eu prefiro não falar”, disse.
No mesmo dia da busca e apreensão na sua casa ele afirmou durante Sessão na Câmara de Vereadores de Alcobaça, que era inocente de tudo que estavam falando sobre ele. A mesma postura de vítima ele manteve pelas redes sociais, do qual ele aproveitou até para reclamar da atitude da polícia.
Desfecho: No Tribunal de Justiça há dois processos abertos e disponíveis por meio eletrônico. Alex ainda não se encontra preso e não foram divulgados nomes de mais pessoas que possam ter se beneficiado com o uso dos cheques adquiridos por meio ilegal do Fórum de Alcobaça. Essa investigação ainda está acontecendo em segredo de Justiça.
Por: Mirian Ferreira/Petrina Nunes/Liberdadenews