Teixeira de Freitas: Após quase oito horas de negociação, a Polícia Militar resolveu invadir a residência e libertar o bebê feito de refém pelo próprio pai, na Rua Paraíba, no Bairro São Lourenço, próximo ao antigo Bar do Edson. Conforme publicou em primeira mão o Liberdade News, um homem agrediu a mulher e fez o filho de apenas 02 meses de idade de refém, de posse de um facão. O acusado foi identificado como sendo Jorge Teixeira dos Santos Júnior, o “Júnior”, filho de um empresário do ramo de locação de veículos.
O acusado, que possivelmente estava sob o efeito de substância entorpecente, manteve a criança o tempo todo sob o seu poder e não queria se entregar. Ele queria a presença da mulher na casa. Diversas viaturas da 1ª CIA e da CETO, sob o comando do Ten. Cel. Paulo da Silveira cercaram a casa e tentaram por horas a entrega do acusado. Uma equipe tática da CAEMA, comandada pelo Major Anacleto França também compareceu para negociar com o acusado e preservar a integridade física do bebê.
Três viaturas da CAEMA se ajuntaram às demais guarnições e segundo, o comandante França, todas as táticas de negociação foram utilizadas, tais como prolongar a situação, garantir a segurança do refém, manter as coisas calmas e encorajar o crescimento da relação entre os negociadores e o acusado. Por volta das 02h30 desta madrugada de sexta-feira (27), o Major França, com o apoio de homens da CAEMA e da CETO, resolveram subir no prédio e invadir a residência, rendendo o acusado e garantindo a segurança da criança.
O entorno da residência estava lotado de pessoas, familiares e imprensa e, todos foram unânimes em elogiar o trabalho da Polícia Militar, que foi liderado o tempo todo pelos seus comandantes Paulo da Silveira e Anacleto França. Felizmente tudo ocorreu bem, sem derramamento de sangue. A criança, que chorava muito, com fome e assustada, foi entregue à mãe, que estava o tempo todo acompanhando as negociações. O acusado foi conduzido para a delegacia, onde foi apresentado ao delegado plantonista, Dr. Júlio Telles.
Segundo o delegado Júlio Telles, a primeira providência será a efetivação do flagrante por crime de agressão física, baseado na Lei Maria da Penha. Mas, depois ouvirá os policiais e o acusado, podendo autuá-lo por crime de cárcere privado e ameaça. Júnior permanecerá custodiado à disposição da Justiça.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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