Teixeira de Freitas: O SINSPEB (Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia) irão paralisar os serviços por toda a Bahia por dois dias seguidos: 20 e 21 (quinta e sexta-feira). Na unidade de Teixeira de Freitas não será diferente. As reivindicações são inúmeras, tais como, pauta do Concurso Público e o repúdio ao REDA; a Campanha Salarial e a Insalubridade; pagamento da Unidade Real de Valor. Três estados do Brasil não corrigiram os salários dos servidores, entre eles, a Bahia.

Os agentes do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas reivindicam melhores condições de trabalho. A estrutura da unidade carece de reformas urgentes; a iluminação ao redor é precária; a superlotação supera o dobro da capacidade de 316 internos; o quadro efetivo de profissionais precisa de reforço imediato com abertura de concurso público; há a necessidade de implantação de redes/telas sobre os pátios para evitar o arremesso de pacotes contendo celulares, drogas ou armas brancas.

Além dessas, a categoria reivindica adicional por insalubridade para todos os agentes; além do aumento de policiais militares na vigilância noturna, entre outras. Segundo Baltazar Soares Felipe, o diretor do SINSPEB (Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia), em Teixeira de Freitas a lotação atual do presídio está próxima dos 700 detentos. “Estamos empurrado "com a barriga" uma situação calamitosa imposta pelo governo e vergonhosamente sustentada por nós servidores [penitenciários]”, disse.

“O sistema prisional possui inúmeras falhas e, ainda vale lembrar, que somos os que ganham menos no ramo da segurança pública, estando atrás até mesmo dos Guardas Municipais”, acrescenta Baltazar. Ainda segundo o diretor, o ano é delicado para o Governo, além da Copa, é ano eleitoral e aproveita para convocar a todos. “Gostaria de contar não apenas com o apoio dos colegas de plantão do dia, mas também de todos os residentes na cidade. Nossas conquistas serão do tamanho dos nossos esforços e uma grande vitória não pode vir de pequenas lutas. Conto com todos vocês”.

Lembrando que a visita aos presidiários acontece toda quinta-feira (no caso dia 20) e será cancelada, o que pode gerar alguns transtornos. São cerca de 350 pessoas que visitam todas as quintas e domingos. A operação padrão suspenderá além das visitas aos detentos, também as atividades administrativas, educacionais, laborativas e religiosas. A assistência médica também será limitada a casos de urgência e emergência.

Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews