A Polícia Militar tenta controlar, desde a manhã desta segunda-feira (28), uma rebelião no presídio de Eunápolis. Dois presos feridos foram levados para o Hospital Geral. Por volta das 15h30, a presidente da subseção da OAB, Roberta Tutrut, confirmou que há seis detentos mortos. A representante da Ordem dos Advogados do Brasil esteve no presídio com o juiz da Vara de Execuções Penais, Otaviano Andrade Sobrinho, para dar garantia aos presos, que relutam em ser render, exigindo também a preseça da imprensa, Ministério Público e direitos humanos.
Os presos Udson Nascimento Jesus, 31 anos e Wagno Santos Porto, de 32, foram socorridos pelo Samu e levados para o Hospital Geral. Segundo um médico, os internos apresentavam perfurações nas pernas, que podem ser de arma de fogo, mas um policial disse que foram estilhaços de bombas de efeito moral. O clima é tenso no local. Os presos tocaram fogo em colchões. Existem outros feridos no local, dentre eles dois policiais militares, atingidos por pedras.
De acordo com o comandante Cléber Santos da Silva, major da 7ª CIPM, a PM foi convocada para dar apoio a uma revista que seria feita nas celas da unidade prisional, o que provocou revolta no momento da fiscalização por volta de 9h30. "Cerca de 350 presos quebraram o pátio todo", diz o major.
A todo o momento, familiares dos detentos, que estão do lado de fora do presídio, recebem ligações dos detentos. Eles dizem que há pessoas mortas. Uma mulher diz ter recebido no celular foto de um homem queimado junto com um colchão. Os presos condicionam a rendição à entrada do juiz da Vara de Execuções Penais, promotor de justiça e representantes dos direitos humanos e imprensa. A todo o momento são ouvidos barulhos e estalos vindos do interior do presídio.
Por: Radar64