Teixeira de Freitas: Neste dia 19 de junho de 2014 completou três anos da morte do casal Moabe Cristal Félix, 29 anos, e Vivian Silva Alves, 23 anos, que foram vítimas de um acidente de trânsito causado por Rodrigo da Silva Matos, de 31 anos, que na época ficou conhecido por sua cultura cigana. O “crime” ocorreu no fim da tarde, quando o casal estava em uma motocicleta, vindo sentido centro à Medeiros Neto e o veículo em sentido contrário, em alta velocidade pulou um quebra-molas e colidiu com a motocicleta.
Por conta da data e pelo fato do Cigano não ter cumprido pena pelo crime, a família de Moabe e Vivian espalharam mais uma vez alguns outdoors pela cidade de Teixeira de Freitas para lembrar a essa população do crime, que eles acreditam ter ficado impune. O acidente aconteceu próximo ao Posto Canaã, na BA 290, quando supostamente o Cigano havia passado pelo quebra-molas e perdido o controle do carro, batendo na moto e arremessando-a por cerca de 50 metros de distância, em que o casal morreu no local.
Testemunhas informaram que o acusado estava em alta velocidade e na contramão, o que fez com que o delegado responsável na época, Dr. Charlton Fraga, concluísse como homicídio doloso, pois não considerou que tenha sido um acidente, uma vez que o motorista utilizava o veículo de forma perigosa, colocando em risco a vida de outras pessoas. Ainda há o agravante de o acusado ter evadido-se do local sem prestar socorro às vítimas. Mesmo com o inquérito bem embasado do delegado, o Rodrigo foi posto em liberdade.
Rodrigo encontra-se em liberdade, e ainda aguarda julgamento. Em novembro de 2013, o advogado que o defende, Gean Prates, pediu a realização de uma reprodução simulada do acidente [reconstituição]. O advogado do acusado contesta algumas informações do laudo, elaborado pelo perito criminal, Bruno Melo, o que provoca ainda mais indignação na família. Três anos se passaram e ainda não houve nenhuma decisão da Justiça, sobre qual será a punição dada ao acusado, que está livre e talvez, dirigindo veículos.
A família indignada pela forma cruel e sangrenta como o casal foi “assassinado”, todo ano realiza este “protesto pacífico”, esta mobilização, para pedir à Justiça que seja realizado o julgamento de Rodrigo e que o mesmo pague pelo crime que cometeu, tirando prematuramente a vida de um casal recém-casado. Com essa bandeira, a família prentende chamar a atenção de outros crimes no trânsito, que ficam impunes e, cada vez mais motoristas imprudentes matam sonhos de tantas outras famílias.
Por: Petrina Nunes/Liberdadenews