Teixeira de Freitas: No início da tarde desta terça-feira, 19 de agosto, um crime repercutiu na cidade pela violência da ação cometida por um advogado e empresário, contra funcionários de um escritório que representa a empresa do acusado, a Fazenda JU. O crime aconteceu em pleno centro da cidade, na Rua Felinto Muller. Na ação criminosa, Nelson Gonçalves Guimarães Filho, 48 anos de idade, morreu ao levar 03 tiros, sendo 02 no peito e 01 de raspão na cabeça e mais duas pessoas foram atingidas pelos disparos.
A esposa do Nelson, Rogéria Guimarães Zatta, 34 anos de idade e Juliano Guimarães Silva, 30 anos, primo do Nelson, também foram baleados. O Juliano no braço e a Rogéria no braço e no abdômen, onde os tiros perfuraram o baço e o pulmão. Rogéria passou por cirurgia e seu estado de saúde requer muito cuidado. O acusado dos disparos foi o advogado Danilo Ungaro, filho do dono da JU, empresa líder na produção de café nos municípios de Itamaraju, Prado, Vereda e Teixeira de Freitas.
Após descarregar uma pistola calibre 380 contra as vítimas, o Danilo fugiu do local em seu veículo Ford Ranger, de cor prata, placa policial FBL 2306 [Barueri/SP], em direção ao Espírito Santo. Uma guarnição da CAEMA, liderada pelo 1º Tenente Monivon Costa, conseguiu interceptar o veículo logo após o Distrito de Rancho Alegre, na BR 101. Com o acusado a polícia apreendeu a arma do crime, que estava com dois carregadores, sendo um vazio e outro com 14 munições intactas.
Na delegacia, o acusado foi ouvido pelo delegado plantonista, Dr. Júlio Telles, que tomou o depoimento do acusado. Segundo o delegado, o Danilo apresentava uma lesão na mão, compatível com o manuseio de arma de fogo. A roupa do acusado foi encaminhada para perícia, e ele também passou por exames residuográficos de chumbo/pólvora. “O acusado apresentou uma carteira da OAB de São Paulo, e tomamos todas as medidas cabíveis para a confecção do inquérito policial que será remetido ao Ministério Público”, disse.
A Fazenda Ju recentemente foi invadida pelo Movimento Sem Terra, o qual o Nelson e o Juliano se apresentaram como representantes da empresa junto aos órgãos competentes e à imprensa. Segundo o acusado, ele teria entrado em desacordo com o Nelson Guimarães após um acerto de contas. Segundo a polícia, o acusado alega que estaria sendo lesado nos negócios em que o escritório da vítima prestava serviços. Sendo assim, ele foi até o escritório e começou uma discussão, chegando às vias de fato.
Como o acusado foi preso em flagrante, ele permanecerá custodiado à disposição da Justiça. O acusado poderá responder ao processo em liberdade até o julgamento, caso os seus advogados consigam na Justiça um Habeas Corpus. A polícia Civil segue investigando o caso.
Por: Edvaldo Alves/Liberdadenews
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