Teixeira de Freitas: Segundo o SINDEC (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio) as lojas C&A Modas Ltda, Marisa Lojas SA, Lojas Americanas SA e Lojas Le Biscuit SA, chamadas âncoras, empresas do Shopping Pátio Mix em Teixeira de Freitas, vêm desrespeitando a Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 e o Aditivo, que definiu regras especiais para o funcionamento das lojas do Shopping aos domingos. Com isso o sindicato promoveu dia 05 de fevereiro, uma manifestação em frente às referidas empresas, por entender ser uma linguagem necessária depois de tentativas de diálogos com as mesmas para que elas cumprissem o acordo.
Através do Quarto Termo Aditivo foram firmados vários pontos no dia 13 de novembro de 2014, depois de quatro rodadas de negociação, onde envolveu o SINDEC (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio), o SINCOMÉRCIO (Sindicato Patronal) e uma Comissão de Representantes das lojas do Shopping Pátio Mix. As reuniões aconteceram nos dias 06, 07, 11 e 13 de novembro de 2014 e nelas foram amplamente debatidos e firmados os termos que compõe o Aditivo, onde os pontos principais são: jornada de trabalho de 06 horas diárias e 36 semanais, a partir de 02 de janeiro de 2015; o pagamento de horas extras à razão de 110% sobre o valor da hora normal pelo trabalho aos domingos, cujo horário de funcionamento é de 15h00 às 21h00, sendo a escala, nesse caso, domingo sim, domingo não; a folga obrigatória remunerada, pelo trabalho no domingo, na semana anterior e posterior ao domingo trabalhado.
Segundo José Carlos Cabral de Carvalho, presidente do SINDEC de Teixeira de Freitas, a C&A, Marisa, Lojas Americanas e Le Biscuit não estão respeitando a Convenção Coletiva na sua essência, especialmente no cumprimento da jornada de trabalho de 06 horas diárias e 36 semanais. “Eles continuam burlando o acordo, obrigando os funcionários ao labor de jornadas que, muitas vezes, excedem as próprias 08 horas sem, sequer, pagar as horas extras devidas. Por esse motivo e, principalmente, para garantir os direitos dos trabalhadores, conquistados legitimamente através da negociação, que fizemos a manifestação em frente às referidas empresas, por entender ser uma linguagem necessária depois de tentativas de diálogos”, explica o presidente.
Durante a manifestação que foi pacífica, denunciativa e informativa, a direção do Pátio Mix chamou a polícia na tentativa de intimidar e proibir o ato. Entretanto, os diretores do SINDEC presentes esclareceram o sentido da mobilização para a polícia que apenas acompanhou a movimentação. Além do descumprimento da Convenção Coletiva, outras questões que afligem os trabalhadores foram reivindicadas. “São questões de responsabilidade das empresas, mas também da direção do Pátio Mix e dos poderes públicos, municipal e estadual, como iluminação, segurança, transporte e estacionamento”, acrescentou o presidente.
De acordo os próprios funcionários, a insegurança nos arredores e vias de acesso do shopping é total com a escuridão e a falta de policiamento. Os funcionários que laboram no turno da noite e clientes sofrem com o perigo na saída às 22h00 até 23h00. Outro problema grave é a falta de transporte coletivo adequado e regular para atender às necessidades dos funcionários, e mesmo a dos os clientes. E para o cúmulo do absurdo, os trabalhadores que possuem veículo, seja carro ou moto, sofrem com o alto valor da taxa de estacionamento cobrada pela direção do shopping”, finaliza José Carlos Cabral de Carvalho.
Por: Mirian Ferreira/Ascom