A Secretaria Municipal de Ação Social de Caravelas, CRAS, CREAS, e Conselho Tutelar fizeram uma passeata para marcar a passagem do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, nesta segunda-feira, 18 de maio. A caminhada foi organizada no município de Caravelas, pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e o ato começou por volta das 09h00 horas desta manhã de segunda-feira, encerrando-se às 10h00.
Aproximadamente 150 pessoas compareceram na passeata, sendo que destas, cerca de 100 eram crianças das seguintes escolas: Alfa Pitágoras e Sementes da Vitória. As crianças saíram da Secretaria Municipal de Assistência Social, seguiram pelas ruas Barão do Rio Branco, Ernesto Caetano, Gustavo Costa e terminaram o percurso em frente ao (CRAS) Centro de Referência de Assistência Social. Vale salientar que os alunos da escola ALFA PITÁGORAS fizeram uma semana de trabalhos referente ao tema da passeata.
De acordo com a coordenadora do CREAS, Lindamara Soares Santos, o objetivo da caminhada foi orientar a população para este problema gravíssimo, que ocorre com crianças do município que já sofreram violência doméstica e fazem terapias com os psicólogos do CREAS. Por isso que fizemos esta caminhada. “Para alertar as pessoas sobre o assunto. Todos nós devemos fazer a denúncia anônima e ajudar essas crianças”, concluiu Lindamara.
Para o Secretário de Ação Social do município, Fabio Pinheiro, além de alertar a população, as crianças também são orientadas em salas de aula. “Não podemos mais fechar os olhos e fingir que não acontece. As crianças precisam estar preparadas para lidar com isso, caso aconteça ou caso percebam que algum colega sofre com isso. Por isso trabalhamos em sala de aula os números do Disque Denúncia e como devem agir perante uma situação de abuso sexual”, explicou o secretário.
Para a coordenadora do CRAS, Luciene Soares dos Reis Franco, é preciso que a sociedade se mobilize para este problema tão sério que é o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Luciene pede ainda que se você conhece crianças e adolescentes que sofrem algum tipo de abuso sexual, disque 100. A denúncia é anônima. Conforme o site da campanha, em 18 de maio de 1973, um crime chocou o Brasil. Araceli Cabrera Sanches, de oito anos de idade, foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta. Apesar de amplamente divulgado, os criminosos ficaram impunes.
Em decorrência do desfecho, o caso tornou-se um símbolo de toda a violência que se comete contra as crianças. O crime foi cometido por jovens de uma família tradicional da cidade. “Mesmo com o trágico aparecimento de seu corpo, desfigurado por ácido, em uma movimentada rua da cidade de Vitória/ES, poucos foram capazes de denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos”, informou o site.
