Teixeira de Freitas: Aconteceu na manhã desta sexta-feira (29), na praça da antiga prefeitura, um ato público, onde reuniu a comunidade acadêmica da UNEB e do IFBA, o sindicato dos bancários e os professores da rede estadual. Neste Dia Nacional de Paralisações, os participantes se uniram contra a terceirização e os cortes orçamentários na educação e pela garantia dos direitos trabalhistas. Fizeram panfletagem, sensibilizando motoristas e motociclistas.
A ação faz parte de uma agenda e mobilizações, que intensifica a luta dos professores pelo ensino público superior de qualidade e pelo aumento de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Imposto (RLI). Atualmente esse valor não chega a 5%. As Assembleias aprovaram ainda a paralisação no dia 28 de maio, com intensa campanha de mídia e mobilizações, que são reforçadas por camisas, panfletos, mensagens em rádio e outdoors.
“Essa foi uma forma de mostrar o nosso descontentamento, a falta de cuidado que o Governo tem tido com todas as Universidades Públicas Estaduais. Entre os inúmeros problemas a se destacar este ano, foram cortados quase 12 milhões de reais do orçamento das universidades em custeio e investimento, o que prejudica diretamente ensino, pesquisa e extensão. O déficit no quadro de vagas ataca diretamente professores e técnicos, que tem como consequência a sobrecarga das funções, levando ao adoecimento dos servidores. Precisamos de um orçamento digno para trabalhar”, disse Liliane Fernandes, professora de História da UNEB.
“Falta ainda um eficaz programa de permanência estudantil para auxiliar alunos de baixa condição financeira. A luta por 7% da RLI tem o apoio de reitores, técnicos e estudantes. As ações do governo demonstram que a educação na Bahia é tratada como gasto invés de investimento”, destacou o aluno de Biologia, Mateus Ricardo Souza.
Ainda pela manhã, o Governador Rui Costa esteve na cidade para inauguração das casas populares, e tinha várias faixas de protesto. Diante da situação, ele garantiu aos manifestantes, que ainda nesta sexta-feira, iria se reunir com os técnicos e secretário de educação, onde será apresentar uma proposta e ele vai convocar os representantes das quatro universidades. E vai cumprir com que ele prometeu. Os alunos e professores não irão ficar desamparados.
Por: Mirian Ferreira/Liberdadenews