Nova Viçosa: Segundo a coordenação da APLB sindicato de Nova Viçosa, durante mais de um ano e meio, a comissão paritária formada pela, a APLB Sindicato, Procuradoria Municipal, Secretaria de Educação, além de uma assessoria técnica contratada pela prefeitura, trabalharam na construção de um Novo Estatuto do Magistério e de um Novo Plano de Cargos e Salários. Após idas e vindas, horas intermináveis de estudo e discussões, a categoria dos Trabalhadores em Educação de Nova Viçosa, foi surpreendida pelo Executivo Municipal que, sem nenhuma explicação, na maior falta de respeito por todo um trabalho, inclusive dos seus prepostos, simplesmente disse NÃO ao Plano de Carreira e, isso, no último dia em que seria possível se encaminhar para o legislativo a proposta para discussão e aprovação em virtude do calendário eleitoral e das restrições jurídicas.
Ainda segundo a coordenação da APLB, durante todo o período de discussão, o Sindicato sempre se mostrou parceiro e concordou em pontos que poderiam ser flexibilizados pela garantia de um todo maior. E mesmo assim, os trabalhadores em Educação de Nova Viçosa foram desrespeitados. “Estamos vivendo um tempo de perplexidade e apreensão no Município de Nova Viçosa com relação à carreira do Magistério devido à incompreensão, teimosia e, por que não dizer, desrespeito com a categoria por parte do Executivo Municipal”, disse o coordenador.
A APLB, não satisfeita com tal atitude por parte do Executivo, agendou uma reunião para discutir a reposição salarial, prevista constitucionalmente, para o dia 20 de abril, a qual foi adiada e marcada para o dia 03 de maio. Acreditando que o Executivo teria, pelo menos, números para colocar na mesa de negociação, os representantes da APLB reuniram-se com o Executivo Municipal em seu gabinete e ouviram apenas argumentos sobre crise e outras “chorumelas”, sem que fossem apresentados dados concretos para uma nova negativa. Argumentou a APLB que a evolução dos recursos do FUNDEB, desde 2013, sempre foi positiva em mais de um milhão a cada ano e que a Prefeitura poderia fazer a recomposição salarial da categoria sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como a legislação eleitoral, o que simplesmente foi tratado com indiferença pelo Executivo.
Diante dos fatos narrados e esgotadas todas as possibilidades de diálogo, no que se refere à possibilidade do Executivo apresentar uma proposta concreta de recomposição salarial da categoria, não restou alternativa senão a GREVE, haja vista que em 2014 a categoria teve 5,91% de reajuste, após quatro anos sem nenhum aumento salarial. Em 2015, teve 3,5% de reajuste quando o aumento previsto para o piso foi de 13,01%, com o agravante de que a proposta de reajuste de 3,5% foi encaminhada para a Câmara de Vereadores, sem qualquer discussão ou diálogo com a categoria.
“Fala-se muito em crise, porém não é compreensível que só os trabalhadores sejam sacrificados, haja vista que, historicamente, são os profissionais da educação que vêm sofrendo as maiores perdas salariais em função do descaso de governantes que demonstram não ter o menor respeito pela categoria, a qual é responsável pela transformação do ser humano e pelas mudanças positivas que ocorrem na sociedade. É hora de cobrar o respeito que nos é devido. Trabalhadores e trabalhadoras da educação, uni-vos!”, finalizou o coordenador.
Por: Ascom