Teixeira de Freitas: Na última quarta-feira, 09 de novembro, a sessão na Câmara de Vereadores, além da presença de funcionários públicos, que ocupam o prédio, contou com a presença de boa parte da população teixeirense, que desde a divulgação da aprovação de um aumento de salários para vereadores e prefeito, que entrará em vigor a partir de Janeiro de 2017, se mostrou indignada, dando início a diversas manifestações em redes sociais, sendo inclusive criado um abaixo assinado para expor tamanha revolta.
Porém, a mobilização parece que não surtiu efeito, pois, mesmo sendo citado na última sessão, não foi sinalizada uma possível revisão na lei. O fato é que de acordo com alguns vereadores, a lei está em vigor há mais de 10 anos, e que a mesma estabelece que a cada 04 anos, os salários do prefeito, vereadores e alguns outros funcionários deverão passar por reajustes, com base nos salários dos deputados. Na sessão da última quarta-feira, os vereadores não demostraram nenhum interesse em rever ou discutir a revisão da lei que "obriga" o reajuste nos salários.
O único ponto positivo foi que os vereadores sinalizaram e marcaram para essa quinta-feira (10), uma reunião para discutir junto aos servidores públicos que ocupam a Câmara desde do dia 07 de novembro, e que buscam a proposição e votação do projeto de plano de cargos e salários dos servidores público. Acerca do aumento dos salários, dificilmente acontecerá uma discussão mais ampla para rever a lei, essa foi a opinião de muitos que se fizeram presentes na última sessão.
Um empresário da cidade, em conversa com a nossa equipe de reportagem, disse: "Se não houver uma demonstração de revolta de toda a sociedade, nada muda. Hoje fechei meu comércio para vir aqui demostrar minha revolta e indignação, mas, muitos não o fizeram. Agora se a cidade como um todo pressionar, podemos derrubar esse absurdo. Pois, em época onde todos os estados e municípios passam por crises financeiras, alguns até sem condições de arcar com o simples salário de seus servidores, um absurdo como esse aqui não pode acontecer". O empresário se refere ao aumento de 25% dos salários dos legisladores municipais e do prefeito.
Por: Rafael Vedra/Liberdadenews