Segundo ele, o Rio é como um paciente com 41°C de febre. 'Sem sombra de dúvida reduziu, mas a febre é muito alta'. Jungmann participa de evento da Marinha no Rio
Henrique Coelho / G1
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que representantes do crime organizado têm que ser impedidos de se eleger nas eleições de 2018 e que a Polícia Federal está monitorando candidatos ligados a facções criminosas no Rio.
Segundo dados da Coalizão Eleitoral, com a presença de vários órgãos para monitorar as eleições do Rio, 1,7 milhão de pessoas vivem em áreas sob domínio do crime, seja tráfico ou milícia, nas zonas eleitorais. Para Jungmann, é “inadmissível” que o crime tenha representação parlamentar.
“Estamos concluindo um centro de cooperação e inteligência eleitoral, no âmbito da Polícia Federal, para exatamente monitorar quem são esses candidatos e, ao mesmo, evitar que eles cheguem ao mandato. E se chegarem, cassá-los e puni-los. “, afirmou Jungmann, durante passagem de comando do navio porta helicópteros Atlântico para o comando de Operações Navais, no Centro do Rio.
O ministro também comentou os resultados da intervenção. Para ele, a situação melhorou, mas ainda precisa ser continuada.
“O Rio é mais ou menos o caso de um paciente com 41 graus de febre. Baixou de 41 para 39, 38. Sem sombra de dúvida reduziu, mas a febre ainda é muito alta. É preciso voltar à normalidade, é isso exige que se sigam as diretrizes e o trabalho que a intervenção está fazendo no Rio de Janeiro”, disse ele, acrescentando que acha “muito difícil” que a intervenção na segurança do Rio continue após 31 de dezembro de 2018, sua data limite.