Candidato se reuniu em Brasília com associação que representa as agências reguladoras. Ele defendeu que o Estado passe da condição de empresário para a de regulador. Alckmin participou de reunião com entidade que representa as agência reguladoras.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira (5) que as agências reguladoras devem ser "despartidarizadas" e ter atuação técnica. Segundo ele, as agências não podem ser capturadas nem por partidos políticos nem pelo setor privado.
Alckmin deu a declaração após participar de uma reunião com a Associação Brasileira de Agências de Regulação (Abar). A entidade fará outros encontros com demais candidatos à Presidência.
"O caminho é o Estado ser regulador e fiscalizador. As agências têm que ser despartidarizadas, altamente profissionalizadas", afirmou Alckmin. "Agência é de Estado, ela tem mandato, ela ultrapassa o mandato de quem foi eleito. Ela é uma agência de Estado, então ela não pode ser partidarizada. Partido político, mil quilômetros de distância", completou.
Alckmin também disse que o bom funcionamento das agências contribui para o crescimento da economia na medida em que dão segurança jurídica para contratos de prestação de serviços. Segundo o candidato, isso gera confiança e estimula investimentos.
"Ela [agência] é estratégica, porque o caminho para gerar emprego rápido é trazer investimento privado, e para trazer investimento privado precisa ter confiança. O caminho para ampliar a infraestrutura do Brasil, gerar bastante emprego, é trazer investimento, precisamos ter confiança. O caminho para melhorar a qualidade do serviço público em áreas estratégicas, saneamento, energia elétrica, telefonia, petróleo também depende das agências", disse Alckmin.
Ele defendeu que o Estado passe da condição de empresário para a de regulador. Para Alckmin, em regra, o papel do Estado é regular as atividades econômicas em vez de explorá-las como se fosse uma companhia.
"Por isso eu tenho destacado bastante a importância da reforma do Estado, o Estado deixando de ser um Estado empresário pra ser um Estado regulador, fiscalizador, planejador", concluiu.
Ação de improbidade administrativa
O candidato foi questionado por jornalistas sobre a ação de improbidade administrativa movida contra ele pelo Ministério Público de São Paulo.
Na ação, o MP acusa o ex-governador tucano de ter recebido R$ 7,8 milhões por meio de caixa dois na campanha de 2014 ao governo de São Paulo, via Odebrecht.
"Olha eu não tenho a informação, mas eu quero reiterar aqui que não tem nenhum fato novo, é nosso dever sempre prestar contas, transparência absoluta. A única coisa que a gente quer é que a Justiça seja rápida, que se esclareça rapidamente", afirmou Alckmin.
Por: Hamanda Viana/G1