Presidenciável do PSL comentou nesta quinta (6), em Juiz de Fora (MG), declaração polêmica que deu no final de semana. PGR pediu ao candidato esclarecimentos sobre declaração. Jair Bolsonaro cumpre agenda de campanha em Juiz de Fora (MG) nesta quinta-feira (6)
Fellype Alberto/G1
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (6), em Juiz de Fora – município da zona da mata mineira –, que usou uma "figura de linguagem" ao dizer que iria "fuzilar a petralhada". No último sábado (1º), durante um evento de campanha em Rio Branco, Bolsonaro declarou: "Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre!".
Nesta terça (5), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o candidato do PSL esclareça a declaração polêmica. A coligação O Brasil Feliz de Novo, encabeçada pelo PT, ajuizou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o presidenciável do PSL responda por injúria eleitoral, incitação ao crime e ameaça.
Questionado por repórteres nesta quinta sobre a declaração polêmica, Bolsonaro foi irônico ao comentar a solicitação da procuradora-geral da República para que ele esclareça o episódio.
“Olha, eu fiz o curso do Instituto Universal Brasileiro por correspondência quando era garoto. Figura de linguagem, muito simples. [...] Figura de linguagem. Agora, o PT vive o tempo todo falando em pegar armas de outra forma. A minha, não. É varrer a petralhada, não é o petista. Tem muito petista que tá mudando para votar em mim. Caiu na real. Muda. Eu já votei no Aécio no passado. Jamais votaria agora. Então, figura de linguagem, pessoal. Nada mais além disso", disse o presidenciável.
Jair Bolsonaro faz campanha na Zona da Mata Mineira nesta quinta-feira (06)
Pedido de esclarecimentos
No parecer enviado ao STF para a ação que questiona a declaração de Bolsonaro no Acre, Raquel Dodge afirmou que não há razão para o capitão do Exército responder por injúria eleitoral, como reivindicou o PT, porque, segundo ela, o crime é específico para ofensas contra alguém em propaganda. Na mesma manifestação, a chefe do Ministério Público disse que o termo "petralhada" não personifica ninguém.
Sobre as suspeitas de incitação ao crime e ameaça, ela afirmou que é preciso avaliar melhor após esclarecimentos do deputado.
"Em relação aos demais crimes noticiados na representação, para compreender o contexto e a extensão das declarações, solicito abertura de prazo para que o parlamentar representado esclareça os fatos", escreveu Raquel Dodge.
A procuradora-geral solicitou que Bolsonaro se manifeste, caso queira, e apresente documentos para esclarecer o episódio.
O candidato à presidência pelo PSL conversou com a imprensa antes de encontro com empresários em Juiz de Fora
Fellype Alberto/G1
Campanha em Juiz de Fora
Jair Bolsonaro chegou de carro nesta manhã a Juiz de Fora e seguiu diretamente para o Hospital do Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer), onde foi recebido por eleitores. Ele visitou pacientes da instituições, mas a imprensa não foi autorizada a acompanhar. Na chegada ao hospital, ele concedeu entrevista.
No início da tarde, ele participa de encontro com empresários e representantes de associações comerciais e industriais em um hotel no mesmo bairro.
A programação do candidato do PSL em Juiz de Fora também prevê, às 15h, um ato de campanha no Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal. Na sequência, ele fará uma caminhada pelo Calçadão da Rua Halfeld para fazer corpo a corpo com eleitores.
Às 18h, está agendado um comício do presidenciável na Praça da Estação, que reunirá aliados políticos e simpatizantes da candidatura de Bolsonaro. O último compromisso do capitão do Exército em Juiz de Fora é uma palestra, às 19h30, na Igreja Batista Resplandecente Estrela da Manhã (Ibrem), no Bairro Santa Terezinha.
Initial plugin text