O candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad
Aliados do candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, atribuem ao grupo da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a estratégia jurídica da legenda de pedir mais tempo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para trocar a cabeça de chapa à Presidência da República, atualmente ocupada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na noite deste domingo (9), a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, negou pedido dos advogados do ex-presidente para prorrogar o prazo para o PT substituir o candidato à Presidência da República.
Para o grupo de Haddad, Gleisi queria arrastar a decisão com a expectativa de que o ex-presidente pudesse trocar o nome de Haddad pelo seu ou, até, pelo de Jaques Wagner, que foi a primeira opção de Lula, mas rejeitou o convite.
Diante da disputa interna no PT, Haddad quer sair nesta segunda-feira (10) de Curitiba, após visitar Lula na prisão, com uma carta do ex-presidente o indicando como o candidato oficial e Manuela D' Ávila, a vice.
Uma das principais alas do PT rejeita Haddad por compará-lo com a ex-presidente Dilma Rousseff, considerada uma escolha errada de Lula para candidatura à Presidência.
Estrategistas do ex-prefeito de São Paulo admitem, reservadamente a aliados, que um dos principais problemas da campanha Haddad será defender a gestão Dilma e que, quando assumir a cabeça de chapa, terá de fazer críticas mais contundentes à ex-presidente se quiser convencer o mercado de que o PT não irá adotar a mesma política econômica da ex-presidente.
Mas o discurso é só para caso de Haddad virar a cabeça de chapa do PT à Presidência, o que ele espera que ocorrerá nesta segunda com aval de Lula e, na terça-feira (11), com um ato de campanha.
Editoria de Arte / G1