Candidato do PSL à Presidência foi vítima de ataque na semana passada durante ato em Juiz de Fora (MG). Flávio e Eduardo Bolsonaro disseram que Rogério Galloro os 'tranquilizou' sobre investigação. Filhos de Jair Bolsonaro se reúnem com diretor da PF para discutir apuração
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) se reuniram nesta segunda-feira (10) com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, para discutir o ataque sofrido pelo pai, Jair Bolsonaro, na semana passada.
Bolsonaro é candidato a presidente da República pelo PSL e, na última quinta (6), levou uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Ele está internado em São Paulo, e a PF abriu um inquérito para investigar o caso.
Um homem já foi preso porque, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, disse ser o autor da facada em Bolsonaro. O agressor, detido em Juiz de Fora na quinta-feira, foi transferido para um presídio federal em Campo Grande (MS).
"A nossa intenção de vir aqui [à PF] é saber como andam as investigações. O doutor Rogério Galloro nos tranquilizou, dizendo que a Polícia Federal está empenhada em ter acesso a todos os instrumentos", declarou Flávio Bolsonaro.
"A gente não pode, obviamente, falar em que pé estão as investigações. Ele [Gallorro] nem abriu para a gente também. A gente acredita muito no trabalho da PF e a gente sabe que, se houver mais pessoas envolvidas, a PF encontrará e aí eles próprios vão poder passar para todo mundo tecnicamente o que é que foi comprovado ou não", acrescentou.
Os filhos de Bolsonaro informaram que pedirão à PF para reforçar a segurança do candidato e também de familiares dele.
Um pedido semelhante já foi feito pelo presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno, mas, segundo Bebianno, foi negado porque a PF faz somente a segurança dos candidatos.
"O partido vai oficiar a PF para que eles façam essa análise e, se for o critério que eles entenderem, aumente, conceda ou não, essa extensão da segurança da PF a alguém da família. Mas repito: a gente confia muito na PF e essa análise quem fará serão eles", declarou Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro leva facada durante ato em Juiz de Fora
Reprodução/Twitter
Campanha na internet
Segundo o filho de Bolsonaro, o pai fará campanha "basicamente via internet" a partir de agora.
"Ele vai fazer a campanha quando tiver condições e, basicamente, via internet. E da nossa parte, de todos os candidatos do PSL, o empenho vai ser ainda maior para mostrar, para quem tentou tirar a vida dele e manchar de sangue essa campanha eleitoral, que a vontade do povo vai ser respeitada", afirmou.
Questionado sobre se o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, assumirá a campanha, Flavio disse que o militar da reserva fará campanha "como vem fazendo".
Porte de arma
Questionados se mantêm o posicionamento a favor da flexibilização do porte de armas, os filhos de Bolsonaro disseram que sim.
"O que aconteceu com o meu pai é a prova de que a pessoa que quer matar alguém não precisa de uma arma de fogo, com uma faca ela pode matar. Se tivéssemos uma lei aqui que proíbe o porte de facas, teria impedido esse crime? Claro que não", disse Flávio Bolsonaro.
"O país tem uma legislação que garante o porte de arma apenas aos marginais. O cidadão de bem não tem acesso a ela para se defender", completou.
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