Candidata do PSTU foi entrevistada nesta terça (11) pelo G1 e pela rádio CBN. Presidenciável afirmou que, se vencer a eleição, vai atuar para revogar a reforma trabalhista aprovada no ano passado. Assista à íntegra da entrevista de Vera Lúcia (PSTU) ao G1 e à CBN

A candidata do PSTU à Presidência, Vera Lúcia, defendeu nesta terça-feira (11), em entrevista ao G1 e à rádio CBN, a possibilidade de revogação dos mandatos eletivos por iniciativa dos trabalhadores "a qualquer momento", uma espécie de recall do Executivo e do Legislativo.

Vera Lúcia foi a quinta presidenciável a participar da série de entrevistas do G1 e da CBN com os candidatos à Presidência. Os presidenciáveis são entrevistados pelos jornalistas Cláudia Croitor e Renato Franzini, do G1, Milton Jung e Cássia Godoy, da CBN, e pelo comentarista Gerson Camarotti, do G1 e da CBN.

"É parte inclusive do nosso programa, por exemplo, que todos os mandatos sejam revogáveis a qualquer momento. Revogáveis pelos trabalhadores. Porque, por exemplo, todo mundo se acha no direito, diz que é altamente democrático, chamam as eleições de festa da democracia, mas a gente só é convidado a votar no dia da eleição e essa é a sua única participação", enfatizou.

Vera Lúcia fala sobre anulação de reformas e poder aos trabalhadores

A presidenciável do PSTU também afirmou que, se ela vencer a disputa pelo Palácio do Planalto, vai atuar para "anular" reformas recentes aprovadas pelo Congresso Nacional, como a que alterou regras trabalhistas.

Segundo ela, em um eventual governo do PSTU, seriam criados conselhos populares que deliberariam sobre assuntos de interesse do país, inclusive, aqueles da alçada do Legislativo. Vera Lúcia afirmou que, caso um assunto venha a ser discutido e aprovado por esses conselhos populares, o Congresso seria pressionado a chancelar a proposta.

"Se a população disser que o Congresso vai fazer isso de forma organizada, ou ele faz ou ele faz. Ou então a classe trabalhadora toma para si a tarefa", declarou a candidata do PSTU.

Confrontada na entrevista com o fato de que fechar o Congresso é "ditadura", ela ressaltou que, na visão dela, a classe trabalhadora organizada pode se sobrepor ao parlamento.

"O Congresso pode existir e vai funcionar. Vai depender da autorização e da forma com a qual os trabalhadores vão decidir aquilo", complementou.

Candidata do PSTU foi entrevistada por jornalistas do G1 e da CBN, em São Paulo

Reprodução

Vera Lúcia também foi indagada sobre se, caso fosse eleita, tentaria mudar a Constituição para alterar o formato de Três Poderes, com Executivo, Legislativo e Judiciário. Ao responder, ela disse que "pode ser". "Os trabalhadores organizados podem decidir", afirmou a candidata.

A presidenciável criticou duramente a reforma trabalhista aprovada no ano passado pelo parlamento. Na avaliação dela, as mudanças nas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) retiraram direitos da classe trabalhadora.

Ela também voltou a dizer na entrevista que, se eleita, vai estatizar as 100 maiores empresas do país, vai extinguir isenções fiscais e também vai interromper o pagamento da dívida pública federal.

Vera Lúcia fala sobre corrupção e estatização de empresas

Veja outros temas da entrevista:

Legalização das drogas

Presidenciável fala sobre violência, legalização de drogas e feminicídio

"Com o tráfico de drogas, você precisa legalizar. Aí você sabe quem vende, você sabe quem consome. Trata o viciado como um problema de saúde pública. Acaba com o negócio altamente lucrativo do tráfico. [...] Porque aí você saberia, você controlaria isso. Hoje tem gente que lucra absurdamente. Ao ser tráfico, tem gente lucrando absurdamente. Por exemplo: as fazendas de maconha não estão nas periferias das cidades. A indústria armamentista também não."

Pinga-fogo

Vera Lúcia responde às perguntas do ‘pinga-fogo’

Limitaria a entrada de venezuelanos no país?

De jeito nenhum. Lutaria contra o governo daqui e o governo de lá. Seríamos solidários. Nós somos a favor da solidariedade de classe

É a favor de fundo exclusivamene público de campanha?

Sim, com valor igual para todos os candidatos. Nenhum outro tipo de financiamento. Tempo [de rádio e TV] igual e valor igual

A favor do imposto sobre grandes fortunas?

Somos a favor da expropriação e estatização de todos os bens, consequentemente, nós somos a favor da socialização das fortunas

A favor da taxação de igrejas?

A igreja é financiada pelos seus fiéis. Eu acho que ela tem todo o direito, como os sindicatos financiam as suas organizações. Agora, eu acho que o Estado tem que ser laico

Favorável ao voto obrigatório?

As pessoas têm direito de decidir de forma organizada. Acho que as pessoas não são obrigadas a votar. Acho que elas têm o direito de se organizar

Favorável à pena de morte?

Não

A favor da adoção de crianças por casais homossexuais?

Claro

A favor das cotas nas universidades públicas?

Sim, também. Apesar de que não resolve, mas é um paliativo importante

Assista abaixo a outros trechos da entrevista de Vera Lúcia:

Vera Lúcia fala sobre Lava Jato, desigualdade na Justiça e déficit público

Vera Lúcia fala sobre dívida pública, desigualdade e fundos de pensão

Entrevistas com presidenciáveis

Todas as entrevistas com os candidatos à Presidência serão transmitidas simultaneamente pelo G1 e pela CBN, das 8h às 9h, e contarão com perguntas de leitores do portal e ouvintes da rádio.

No dia 3, o deputado Cabo Daciolo, candidato a presidente pelo Patriota, não compareceu à entrevista marcada na rádio CBN, em São Paulo.

A ordem das entrevistas, definida em sorteio, é:

3/9 – Cabo Daciolo (Patriota) - Não comparaceu

4/9 – Geraldo Alckmin (PSDB)

5/9 – João Amoêdo (Novo)

6/9 – José Maria Eymael (DC)

10/9 – Henrique Meirelles (MDB)

11/9 – Vera Lúcia (PSTU)

12/9 – Jair Bolsonaro (PSL)

13/9 – Marina Silva (Rede)

14/9 – João Goulart Filho (PPL)

17/9 – Guilherme Boulos (PSOL)

18/9 – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Teve a candidatura indeferida pelo TSE

19/9 – Ciro Gomes (PDT)

20/9 – Alvaro Dias (Podemos)

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