Candidato a vice na chapa de Bolsonaro avaliou nesta terça-feira que episódio da facada é uma 'exposição que já cumpriu sua tarefa'. Mourão afirmou que pedirá ao TSE para participar de debates na TV. O general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro
O general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que "esse troço já deu o que tinha que dar" ao se referir ao episódio em que Bolsonaro levou uma facada em Juiz de Fora (MG). Para Mourão, é preciso "acabar com a vitimização".
Filiado ao PRTB, o candidato deu as declarações após participar de uma reunião em Brasília com correligionários.
Na semana passada, Bolsonaro foi atacado enquanto participava de um ato de campanha na cidade mineira. Inicialmente levado para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, o candidato está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
"Esse troço já deu o que tinha que dar. É uma exposição que eu julgo que já cumpriu sua tarefa. Ele [Bolsonaro] vai gravar vídeo do hospital, mas não naquela situação, não propaganda. Vamos acabar com a vitimização, chega", afirmou Mourão.
Na última sexta-feira (7), Mourão afirmou em entrevista à GloboNews que a campanha divulgaria pequenos vídeos nas redes sociais sobre o assunto e faria contato com os apoiadores de Bolsonaro nos estados para repassar a "palavra de ordem".
"Reduzir as tensões. Não adianta haver confronto neste momento, não faz bem para ninguém e é péssimo para o país", declarou o candidato na ocasião.
Pedido ao TSE
Também nesta terça-feira, Mourão afirmou que o PRTB consultará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se ele pode substituir Jair Bolsonaro em debates na TV.
"Os debates nós vamos fazer uma consulta ao TSE, porque o não nós já temos garantido. Acho que vai ter um protesto dos demais partidos uma vez que isso ocorreu, apesar de as situações serem distintas, quando o Haddad foi impedido de participar no lugar do ex-presidente Lula. A consulta será feita pelo PRTB. Eu acho que será protocolado no mais tardar amanhã. A gente não pode ficar perdendo tempo", afirmou o general.
"É uma consulta. Vamos querer ouvir a própria mídia para ver se ela deseja. Vou falar com as emissoras. Vou fazer pelo PRTB. Será feita hoje a consulta", acrescentou, em seguida, o presidente da legenda, Levy Fidelix.
Por: Sara Resende/TV Globo