Decisão foi anunciada nesta terça-feira (11), em Curitiba, no último dia do prazo dado pelo TSE para o partido definir o substituto do ex-presidente. Haddad é anunciado para a militância candidato do PT à Presidência em frente à sede da PF em Curitiba

Erick Gimenes/G1

O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou nesta terça-feira (11) que Fernando Haddad concorrerá à Presidência da República pela legenda no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve o registro de candidatura rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O prazo dado pelo TSE para o partido apresentar à Justiça Eleitoral o substituto de Lula terminava às 19h desta terça-feira. Na chapa original, Haddad era o vice de Lula. Na nova formação, a candidata à vice-presidência será Manuela D'Ávila, do PCdoB.

O anúncio foi feito em Curitiba, onde Lula está preso desde 7 de abril, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso da Lava Jato envolvendo o triplex em Guarujá (SP).

Pela manhã, a executiva nacional do partido se reuniu em um hotel na capital paranaense. Haddad participou do encontro e chegou à Superintendência da PF, onde Lula está preso, às 15h30.

Após se reunir com o ex-presidente, Haddad deixou o prédio da PF por volta das 17h15 e falou para a militância que esperava do lado de fora. Subiram o palanque com ele a candidata a vice Manuela D'Ávila, a ex-presidente Dilma Rousseff, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman e outros membros do partido.

"É hora de sair na rua de cabeça erguida e ganhar essa eleição", afirmou Haddad. Ele afirmou que todos receberam "uma missão do ex-presidente". Gleisi apresentou Haddad como candidato a presidente pelo PT e "representante de Lula" na eleição e Manuela como vice.

Carta de Lula

Luiz Eduardo Greenhalgh, um dos fundadores do partido, leu uma carta de Lula indicando Haddad como seu substituto na corrida pelo Planalto – chamada de "Carta ao Povo Brasileiro", mesmo título de um texto divulgado pelo petista nas eleições de 2002, quando foi eleito pela primeira vez.

No texto, Lula afirma que foi "incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa" para não poder disputar as eleições e que teve que tomar uma decisão no prazo imposto pela Justiça.

"É diante dessas circunstâncias que tenho de tomar uma decisão, no prazo que foi imposto de forma arbitrária. Estou indicando ao PT e à Coligação 'O Povo Feliz de Novo' a substituição da minha candidatura pela do companheiro Fernando Haddad, que até este momento desempenhou com extrema lealdade a posição de candidato a vice-presidente", diz a carta.

"Ao lado dele, como candidata a vice-presidente, teremos a companheira Manuela D’Ávila, confirmando nossa aliança histórica com o PCdoB, e que também conta com outras forças, como o PROS, setores do PSB, lideranças de outros partidos e, principalmente, com os movimentos sociais, trabalhadores da cidade e do campo, expoentes das forças democráticas e populares", segue o texto.

Prazo

Os ministros do TSE rejeitaram a candidatura Lula em 1º de setembro e deram 10 dias para o PT substituir o candidato – prazo que terminava nesta terça.

Na segunda (10), a defesa do ex-presidente havia recorrido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ampliar o prazo até 17 de setembro. O recurso, entretanto, não chegou a ser analisado até esta terça, e o partido acabou decidindo por anunciar a substituição de Lula por Haddad.

Os advogados tinham feito o mesmo pedido ao TSE, que foi rejeitado pela presidente do tribunal, ministra Rosa Weber.

Caso o partido não apresentasse o substituto na chapa, de acordo com entendimento da Justiça Eleitoral, ficaria de fora da corrida presidencial, e o tempo de propaganda na TV seria redistribuído entre os demais partidos.

Executiva nacional do Partido dos Trabalhadores se reuniu em Curitiba, na manhã desta terça-feira (11)

Erick Gimenes/G1 PR

Ficha limpa

No julgamento de 1º de setembro, os ministros do TSE decidiram – por 6 votos a 1 – rejeitar o registro da candidatura de Lula à Presidência por considerarem o petista inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.

Na ocasião, os ministros também decidiram que, até a substituição de Lula, o PT poderia continuar fazendo propaganda eleitoral, mas sem a participação dele como candidato.

Lula foi condenado em segunda instância em janeiro deste ano em julgamento da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O ex-presidente afirma ser inocente.

Mesmo com Lula preso, o PT confirmou o ex-presidente como candidato ao Planalto em 4 de agosto. Haddad foi apresentado como vice, e um acordo com o PCdoB permitia a entrada de Manuela D’Ávila na chapa.

Em nota divulgada no site do ex-presidente na época, foi informado que Haddad seria o porta-voz de Lula até o trâmite final da homologação da candidatura dele na Justiça Eleitoral.

Em meados de agosto, o Comitê de Direitos Humanos da ONU solicitou que o Brasil garantisse os direitos políticos de Lula na prisão e que não o impedisse de concorrer na eleição de outubro até que todos os recursos da condenação dele sejam contemplados.

Entenda os pedidos de Lula pendentes de decisão no Supremo Tribunal Federal

O PT foi o último partido a registrar candidatura à Presidência. O registro da candidatura de Lula foi publicado no “Diário da Justiça Eletrônico” em 17 de agosto.

Ao todo, 13 candidatos concorrerão ao Palácio do Planalto neste ano. O primeiro turno está marcado para 7 de outubro e o segundo, para o dia 27.

Perfil de Haddad

Filho de comerciantes do Bom Retiro, na região central de São Paulo, aos 18 anos Haddad entrou para a faculdade de direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo de São Francisco. Formou-se bacharel em 1985.

Também pela USP, tornou-se mestre em Economia com especialização em economia política, em 1990, e doutor em Filosofia em 1996.

Foi professor de Teoria Política Contemporânea no Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, analista de investimento do Unibanco e consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Em 2001, assumiu a chefia de gabinete da secretaria municipal de Finanças de São Paulo na gestão da prefeita Marta Suplicy. Dois anos depois, se tornou assessor especial do ministro do Planejamento, Guido Mantega. Depois, foi secretário Executivo do Ministério da Educação e se tornou ministro da pasta durante a gestão Lula.

Em 2012, deixou o cargo para disputar as eleições municipais de São Paulo. Foi prefeito da capital paulista de 2012 a 2016, e candidato do PT à reeleição, mas perdeu para o tucano João Doria.

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