Integrantes da campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, avaliam como real a possibilidade, na reta final da campanha, de uma "fuga" de aliados dos partidos do "Centrão" para candidatos adversários, como Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT).
Segundo o blog apurou, o cenário no QG tucano é avaliado como "real" se o ex-governador de São Paulo não decolar na reta final, já pregando o voto útil para chegar ao segundo turno como o candidato anti-PT.
Alckmin deu entrevista ao lado dos líderes do 'Centrão' em julho, quando bloco anunciou apoio à candidatura do tucano
Dida Sampaio/Agência Estado
O "Centrão" é formado pelos partidos apontados como os mais fisiológicos do Congresso, como PP, PR e PRB. Oficialmente, o grupo fechou com Alckmin - levando a vice (Ana Amélia, senadora do PP) e cargos a prazo - em troca do tempo de TV ao PSDB. Antes, o bloco flertou com a campanha de Ciro Gomes e, alguns partidos, como o PR, chegaram a conversar com Bolsonaro.
Mesmo apoiando oficialmente Alckmin, por questões locais, alguns caciques do "Centrão" já fazem campanha para adversários do tucano - como o caso de Ciro Nogueira, presidente do PP, que pede votos para o PT no Piauí.
Como o candidato do PSDB ainda não decolou nas pesquisas, tucanos temem que, agora, outros líderes de partidos do "Centrão" também peçam votos para adversários de Alckmin - de olho em cargos e espaços em um futuro governo vitorioso.
Segundo o blog apurou, líderes do DEM - que também integra o "Centrão"- são contra a migração.
O DEM é o partido que tradicionalmente apoia o PSDB.
Editoria de Arte / G1