O candidato do PSL a presidente da República, Jair Bolsonaro, que segue internado no Hospital Israelita Albert Einstein onde se recupera de ataque à faca durante ato de campanha no início deste mês
Reprodução/TV Globo
Muito mais do que a expectativa de vitória no primeiro turno, a estratégia da campanha do candidato Jair Bolsonaro (PSL), de pregar o voto útil imediatamente, tem um objetivo específico: barrar o movimento dos adversários de tentar minar suas intenções de voto pregando justamente o chamado voto útil.
A campanha de Jair Bolsonaro identificou que havia um risco de migração de votos com discurso da polarização dos extremos, principalmente, por parte dos candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).
Com o isolamento de Bolsonaro no primeiro lugar, e de Fernando Haddad (PT) na segunda colocação, como apontou a pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (18), as demais candidaturas devem intensificar a estratégia de que só haverá opções no polo da esquerda e da direita sem possibilidade de um candidato de centro no segundo turno.
Integrantes da campanha de Bolsonaro identificaram que este discurso poderia esvaziar a parcela do voto ainda não consolidada do candidato do PSL. Por isso, a mudança da estratégia para fidelizar o voto simpático a Bolsonaro no primeiro turno.
Mesmo com o discurso de definição no primeiro turno, a avalição em todas as campanhas é a de que essa disputa será definida apenas no segundo turno, principalmente por causa da pulverização de candidaturas.
Editoria de Arte / G1